Quae est ista quae ascendit de deserto, deliciis affluens, innixa super Dilectum suum? Quem é esta que sobe do deserto cheia de delícias e apoiada em seu Amado?

sábado, 31 de março de 2012

Neo-ateísmo, fruto nefasto do socialismo

O neo-ateísmo ou antiteísmo consiste não só na negação das crenças em divindades, mas também na busca de sua ruína. Esse novo tipo de ateu insiste que é seu dever “moral” arrancar a cegueira religiosa para a construção de um mundo melhor e mais justo. Esse pensamento utópico encontra eco na música de John Lennon, Imagine, tido por alguns neo-ateus como seu hino. Ela diz: “...E nenhuma religião também. Imagine todas as pessoas vivendo a vida em paz”. Até aqui, incrivelmente, encontramos duas semelhanças do ateísmo mitigado com as religiões: conversões e hinos. Mas o que me leva a escrever este artigo não é mostrar as semelhanças ou dessemelhanças do ateísmo com a religião nem suas contradições. Venho mostrar de onde é que saiu, que mãe impura gerou o ateísmo militante. O que diferencia um ateu clássico de um neo-ateu é, justamente, o combate cultural. A importância de não medir forças para a destruição da religião e a imaginação que disto o mundo progredirá. O neo-ateu quer desenraizar a cultura religiosa da sociedade, temos como exemplo disso sua luta para a extinção de crucifixos nas repartições públicas aqui no Rio Grande do Sul, no Tribunal de Justiça, obtiveram vitória. Um dos ateus militantes da atualidade mais conhecidos, Sam Harris, deixa claro que esta é a estratagema dos novos ateus. Ele já disse: “Então, ridicularização pública é um princípio. Uma vez que você deixa de lado o tabu que é criticar a fé e exige que as pessoas comecem a falar com sentido, então a capacidade de fazer as certezas religiosas parecerem estúpidas fará nós começarmos a rir na cara das pessoas que acreditam aquilo que Tom DeLays, que Pat Robersons do mundo acreditam. Nós vamos rir deles de uma maneira que será sinônimo de excluí-los do nossos salões do poder.” Richard Dawkins, outro ateu do mesmo nível,  chegou a criar uma fundação para combater as crenças nas escolas britânicas. Segundo este último é extremamente necessário combater o "o vírus da fé". Tais atitudes são facilmente percebidas em fóruns e redes sociais na internet. Não há como negar a atitude ateia mudou. Mas isto, mesmo que eles não saibam é influência da esquerda. Foi próprio do socialismo essa luta contra a religião por considerá-la um impedimento para a consolidação da revolução. Sua existência só vigoraria para o mal. O grupo “Sem-Deus” não diferiu em nada com sua propaganda com as dos ateus militantes atuais Nas palavras de Lênin a famosa expressão de Marx, “a religião é o ópio do povo”, tem seu sentido bem explicado: “A religião [e um dos aspectos da opressão espiritual que as massas populares, esmagadas pelo trabalho perpétuo em proveito de outrem, pela miséria e pelo isolamento sofrem por toda a parte (...) Aos que vivem do trabalho alheio, a religião ensina a beneficência neste mundo, oferecendo-lhes assim uma justificação fácil da sua existência de exploradores, e vendendo-lhes barato bilhetes de ingresso no céu. A religião é o ópio do povo... uma espécie de álcool no qual escravos afogam a sua imagem humana e a sua reivindicação duma existência, por pouco que seja, digna do homem”. 

Vejamos mais, abaixo alguns escritos de ateus socialistas neste sentido:

Scheinman, adjunto de Yaroslavsky: “O nosso ateísmo é um ateísmo militante, e, por isso, distingue-se do ateísmo burguês. Ele ataca todas as fortalezas do antigo mundo, assim como a sua ideologia. Não se trata de uma coexistência pacífica com o clero, mas duma luta implacável contra a religião, para a reeducação dos trabalhadores que ainda seguem a Igreja. É este nosso escopo” “Ainda mais espírito militante, ainda mais intransigência anti-religiosa”. (Bezbojnik, agosto de 1935)

E. Yaroslavsky: “O programa Internacional Comunista estabelece (...) claramente que os Comunistas lutam contra a religião, força contra-revolucionária, aliada e arma da burguesia contra o movimento revolucionário”; “Se o mundo é governado por Deus, se a sorte do povo está nas mãos de Deus, dos seus santos, dos anjos, dos demônios, que sentido atribuir ao esforço organizado dos operários e dos camponeses, e a criação do partido leninista! Que sentido restará à reconstrução socialista da Sociedade? (...) Devemos, pois, convencer as massas de que o comunismo e a religião se opõem” (Opúsculo citado, PP. 21 e 30-31)

Yaroslavsky-Goubelmann: “Nada de repouso, nada de trégua na frente anti-religiosa! É preciso dar uma atividade nova a essa frente, reorganizar a propaganda, melhorar os quadros! Pôr em ação, não somente a crítica das ligações sociais da religião, mas também a crítica científica, mostrar o abismo que separa a ciência da religião, auxiliar as massas a transpor esse abismo...” (Bezbojnik de agosto de 1935)

Lênin: “No que concerne ao partido do proletariado socialista, a religião não é uma questão privada. Nosso partido(...) o partido operário social-democrata da Rússia, por ocasião da sua fundação, deu-se por finalidade, entre outras, a de combater toda animalização religiosa dos operários. Para nós, a luta das ideias não é uma questão privada; interessa a todo o partido, a todo proletariado” (Artigo-programa da “Novaia Jizn”)

 “Devemos combater a religião, é o A.B.C  de todo o materialismo e, portanto, do marxismo” (LENIN, VLADIMIR ILITCH ULIANOV, Sur le rapport du parti ouvrier à la religion, Pss.vol.17.p.418.)

“A luta contra a religião é a luta pelo socialismo” (Divisa da União dos Sem-Deus Militantes)

O comunista é obrigado a “lutar contra a religião, inflexível e sistematicamente”. (Programa oficial da IIIª Internacional)

 “unir as massas operárias da U.R.S.S. em mira a uma luta ativa, sistemática e continua contra todas as religiões, que são um obstáculo a construção socialista e à cultura revolucionária”. (Estatuto (1º.) da União dos Sem-Deus Militantes)

Stepanoff: “Devemos agir de maneira que cada golpe vibrado contra o clero ataque a religião em geral(...) Ainda os mais cegos veem até que ponto se torna indispensável a luta decisiva contra o eclesiásticos, quer se chame pastor, abade, rabino, patriarca, mulá ou papa; essa luta deve desenvolver-se também, e inelutavelmente, “contra Deus”, quer se chame Jeová, Jesus, Buda ou Alá”. (Os problemas e os métodos da propaganda anti-religiosa, Moscou, 1933, citado pela Documentação católica, 19 de abril de 1930, col. 1010)

Se as frases não bastam, vamos paras os posters:


Tradução: Religião é veneno 
Proteja as crianças


Tradução: A religião é entorpecente para o povo.

Charges parecidíssimas encontramos nas publicações da ATEA (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos). As semelhanças não são meras coincidências, o neo-ateísmo é filho do socialismo. São bem diferentes das pretensões dos primeiros sistemas ateus formados a partir do século XVIII.

Nelson Monteiro.

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