Esta resposta é direcionada ao nosso leitor Paulino Filho, ultimamente o maior comentarista do blog. A resposta é relacionada aos seus últimos comentários no post “Sábado ou Domingo?”, onde explico a Natália as razões da guarda do primeiro dia.
O adventista Paulino colou um artigo do blog “Na Mira da verdade” do autor Leandro Quadros.
Refutaremos, então, o contra-argumento fracassado do Sr. Leandro Quadro. Espero que nosso leitor Paulino ceda frente o embasamento que seguirá contra a tentativa frustrada do Sr. Leandro.
Paulino começa dizendo (após cola o texto do blog já citado): “Vou responder sua pergunta, afinal Nao sei se vc vai publicar esse comentário....como fez outra vez.”
Para os leitores terem ciência do que ele fala leiam os últimos comentários do post já mencionado: “Sábado ou Domingo?”. O Sr. Paulino se queixa de eu não ter aceitado um de seus comentários. Não o fiz, porque onde ele postou nada tinha a ver com seu comentário que falava, ainda, sobre qual o dia que deveria ser santificado. O comentário excluído de Paulino foi postado em um artigo sobre a real presença de Cristo na Eucaristia, logo, por este motivo, não aceitei.
Quando Paulino diz: “Vou responder sua pergunta” ele erra. Como os leitores notarão o texto que ele colou não responde a minha a pergunta, aliás, não responde as minhas perguntas.
As perguntas que fiz nos comentários do post de título supracitado (Sábado ou Domingo?) são as seguintes:
Paulino quero que você me responda: Se os cristãos da igreja primitiva não guardavam o domingo por que Santo Inácio (35 - 110 d.C.) que foi discípulo de São João e conheceu São Paulo, diz o seguinte: "Os que vivem segundo a antiga tradição voltam a nova esperança, não guardando o sábado, mas o dia do Senhor (não sabatizando, mas vivendo segundo o Dia do Senhor), no qual nossa vida foi salva por Ele e por sua morte" (Ad. Magn. 9,1) ?
De onde ele tirou isso? Quem está com as evidências históricas?!
Como veremos o que Sr. Paulino colocou não responde as perguntas feitas, no máximo mostra que os Pais da Igreja não eram infalíveis, o que não me atinge em nada, nem vai contra minha fé.
Segue a colagem do Sr. Paulino em preto, enquanto as minhas respostas continuarão na cor azul:
Os observadores do domingo, em uma tentativa desesperada de defender o indefensável, apelam aos pais da igreja e ao texto de Apocalipse 1:10 para “provar” que o “dia do Senhor” não é o sábado. Leiamos o texto:
Desesperada? Indefensável? Veremos....
“Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta” Apocalipse 1:10.
Eles pecam em duas coisas:
O senhor erra nas duas coisas.
1) Em usar a autoridade dos pais da igreja no lugar da autoridade da Bíblia (Jo 17:17);
1) Em usar a autoridade dos pais da igreja no lugar da autoridade da Bíblia (Jo 17:17);
Não usamos a autoridade dos pais da Igreja no lugar da Bíblia. Os ditos unânimes (moralmente) dos pais da Igreja complementam e reafirmam o que diz a Bíblia, nunca contrariam. E outra, a bíblia precisa de uma autoridade para poder ser interpretada. Disse Cristo aos apóstolos o que é válido aos seus sucessores: "Quem vos escuta a vós, a mim escuta" (Lc 10, 16). Sendo a Igreja fundada e guiada pela Verdade (Deus - Jo 14, 6 e Jo 17,17) é, então, por conseqüência a “coluna da verdade” como lemos em 1 Tm 3,15.
2) Em dizer que a expressão grega Kuriakê heméra (Dia do Senhor), utilizada em Apocalipse 1:10, se refere ao primeiro dia da semana.
Vamos ver, então, se realmente há erro no que é dito acima...
Mesmo tendo sido homens piedosos em suas épocas, não podemos fazer de tais homens nossa autoridade final em assuntos doutrinários. Isso por que “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.” (At 5:29).
A tradição é ensinada pelas escrituras. Seguir só a Bíblia não obedece ao que ela mesma ensina. A Bíblia tem diversas passagens onde manda seguirmos a tradição, veja: 2Ts 2,15; 2Tm 2,2; 1Tm 6,20; At 2,42; At 16,4. Importa, mesmo, obedecermos a Deus do que aos homens, vemos nesse versículo contraposição, isso quer dizer, que entre Deus e os homens, temos que escolher Deus. No caso dos pais da Igreja, ou da tradição em si, não há escolha a ser feita, não optamos entre um ou outro, porque quem ouve a tradição ouve a Deus e não ignora os ensinamentos Dele. Além disso, não temos que seguir um pai da Igreja isolado, pois, o mesmo pode errar, temos que seguir a Igreja Católica. Quando há unanimidade (moral) entre os pais da Igreja, aí sim, devemos seguir, pois, faz parte do depósito da fé. Temos que diferenciar a exposição da fé e a explicação da fé. Quando os pais da Igreja expõem o que foi sempre crido temos que aceitar, mas quando explicam os dogmas por suas próprias interpretações estão passíveis ao erro, logo não precisamos concordar. Um exemplo, para ficar mais claro, quando Santo Agostinho expõe a fé na Trindade, algo que foi sempre crido na Igreja, temos que acreditar, mas quando ele explica essa fé, fazendo analogias, por exemplo, não estará isento do erro, logo não somos obrigados a crer.
Veja no que alguns dos pais da igreja acreditavam e conclua por si mesmo se, em matéria de doutrina, eles são confiáveis 100%. As informações a seguir forma extraídas do livro Subtilezas do Erro (1981):
Os pais da Igreja não são 100% confiáveis, a Igreja é 100% confiável, a tradição é 100% confiável, seus pensamentos isolados não são infalíveis. Quando os pais da Igreja em conjunto, de forma geral, expõem as doutrinas, aí sim, neste caso, podemos confiar 100%.
Os pais da Igreja não são 100% confiáveis, a Igreja é 100% confiável, a tradição é 100% confiável, seus pensamentos isolados não são infalíveis. Quando os pais da Igreja em conjunto, de forma geral, expõem as doutrinas, aí sim, neste caso, podemos confiar 100%.
Inácio dizia que se torna assassino quem não jejua no sábado; defende a transubstanciação, considerando herege quem admite apenas o simbolismo da santa ceia e exalta demais a autoridade do bispo, pondo-a acima da de César, chegando ao cúmulo de afirmar que, quem não o consulta, segue a satanás.
Eu procurei nas sete cartas do Santo e não encontrei a primeira afirmação (se achar mande). Quanto ao resto o senhor só me ajuda. É bom lembrar que não só ele cria na transubstanciação, os pais da igreja sempre creram, logo faz parte da Sagrada Tradição e não um pensamento isolado de Santo Inácio. E por último temos, mesmo, que estarmos sujeitos às autoridades competentes porque como Cristo falou quem ouve os apóstolos (e sucessores) ouve a Ele e quem despreza os apóstolos a Ele despreza. Diz o Santo Inácio: “Pois Jesus Cristo, nossa vida inseparável, é o pensamento do Pai, como por sua vez os bispos, estabelecidos até os confins da terra, estão no pensamento de Jesus Cristo.” (Epístola aos Efésios 3,3) Não encontrei nada dizendo que não consultar o bispo segue o Diabo. O que achei foi algo em um sentido complemente diferente do que quis passar o autor do livro. Vejamos: “No mais, é razoável voltarmos ao bom-senso, e convertermo-nos a Deus, enquanto ainda for tempo. Bom é tomarmos conhecimento de Deus e do bispo. Quem honra o bispo será também honrado por Deus; quem faz algo às ocultas do bispo presta culto ao diabo.”(Carta aos Esmiriniotas 9) Trecho que dispensa mais explicações.
Barnabé (se é que existiu tal personagem), diz que a lebre muda a cada ano o lugar da concepção, que a hiena muda de sexo anualmente, e a doninha concebe pela boca. Afirma que Abraão conhecia o alfabeto grego (séculos antes que tal alfabeto existisse) e alegoriza a Bíblia.
Para quem tem a Bíblia como uma boa fonte à questão não é se Barnabé existiu, mas se foi ele, mesmo, que escreveu essas coisas, pois ele é mencionado na Bíblia (Conf. Atos 9, 27; Atos 11,22; Atos 11,25; Atos 12,25; I Coríntios 9,6; Gálatas 2,1 etc.) As afirmações citadas pelo autor se encontram na obra apócrifa chamada “Epístola de Barnabé”. Provavelmente essa carta não foi escrita por Barnabé. Primeiro, a epístola não contém seu nome e nem a data do escrito. É razoável crer que foi escrita entre 134-135, pois, na parte 16,4 o autor cita Isaías onde diz: "Eis que aqueles que destruíram esse templo, eles mesmos o edificarão" E completa dizendo: “E o que está se realizando, pois, por causa da guerra deles, o templo foi destruído pelos inimigos. E agora os mesmos servos dos inimigos o reconstruirão" Ora, Barnabé morreu em 61 d.C., então, não é autor da Epístola. Não sabendo quem é o autor da epístola, não podemos chamar de pai da Igreja, pois não se sabe se era mestre cristão ou bispo católico, podendo ser até um herege espalhando engano.
Devo, novamente, lembrar que os pais da Igreja não eram inerrantes quando reproduzem suas meras opiniões sobre a fé. E o que tem a ver erros biológicos e históricos com as doutrinas?
Justino ensinava, entre outros absurdos, que os anjos do céu comem maná e que Deus, no princípio do mundo, deu o sol para ser adorado.
“Ecce panis angelorum” (Eis o pão dos anjos) Um mistério que o senhor não entende, nem crê. Jesus verdadeiramente é o pão dos anjos que desceu do céu e se tornou também nosso. Os anjos que são espíritos se alimentam Dele quando O contemplam, contemplando o Senhor ficam saciados. Ele desceu dos céus como “pão vivo” e, desde então, alimentamos nossa alma com a Fonte que é Deus (Eucaristia).
Leiamos: “Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão. E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.” (João 6, 33-35)
O maná vindo do céu no AT (Êxodo 16) era figura do qual viria depois (Cristo). Lemos isso nos seguintes versículos: “Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu. Disse-lhes, pois, Jesus: Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.”
Este é o singelo sentido que São Justino quis expressar. Para mais esclarecimento leiam a Summa IIIa, q.80, a.2 de São Tomás de Aquino. Agradeço ao Jorge Ferraz do blog “Deus lo Vult” que me passou.
Veja parte da linda oração do santo:
“Eis o pão dos Anjos que se torna alimento dos peregrinos: verdadeiramente é o pão dos filhos de Deus que não deve ser lançado aos cães.” (São Tomás de Aquino, Louva Sião 21)
Sobre a permissão de Deus em relação à adoração do sol (Diálogo com Trifão cap. 121), não devemos tirar que São Justino quis dizer que Deus aceitou como correta essa idolatria no princípio, vindo a condenar depois, mas que apenas permitiu acontecer. Para compreendermos melhor é mister lermos sua obra Apologia I, onde o santo explica que os demônios para confundir a futura fé em Cristo, usou as profecias do AT para criar histórias fantasiosas (mitologias) que fariam confusão com as semelhanças à verídica história que estava por vir. Sabemos que os demônios (e ninguém) agem sem que Deus os permita, de forma que São Justino não erra em dizer que o sol foi adorado por Deus permitir, pois, realmente, Deus permitiu que os demônios criassem essa mentira pagã que resultaria, então, à adoração do sol. Em outras palavras Deus permitindo a ação dos demônios em prol dessa mentira, permitiu conseqüentemente, que o sol fosse adorado. Diz na Didaqué (séc I) sabiamente: “nada acontece sem a permissão de Deus.” (cap. 3) Não confunda a permissão de Deus com sua vontade. E a Sagrada Escritura diz: “Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande? Porventura da boca do Altíssimo não sai tanto o mal como o bem?” (Lamentações 3, 37-38)
“Eis o pão dos Anjos que se torna alimento dos peregrinos: verdadeiramente é o pão dos filhos de Deus que não deve ser lançado aos cães.” (São Tomás de Aquino, Louva Sião 21)
Sobre a permissão de Deus em relação à adoração do sol (Diálogo com Trifão cap. 121), não devemos tirar que São Justino quis dizer que Deus aceitou como correta essa idolatria no princípio, vindo a condenar depois, mas que apenas permitiu acontecer. Para compreendermos melhor é mister lermos sua obra Apologia I, onde o santo explica que os demônios para confundir a futura fé em Cristo, usou as profecias do AT para criar histórias fantasiosas (mitologias) que fariam confusão com as semelhanças à verídica história que estava por vir. Sabemos que os demônios (e ninguém) agem sem que Deus os permita, de forma que São Justino não erra em dizer que o sol foi adorado por Deus permitir, pois, realmente, Deus permitiu que os demônios criassem essa mentira pagã que resultaria, então, à adoração do sol. Em outras palavras Deus permitindo a ação dos demônios em prol dessa mentira, permitiu conseqüentemente, que o sol fosse adorado. Diz na Didaqué (séc I) sabiamente: “nada acontece sem a permissão de Deus.” (cap. 3) Não confunda a permissão de Deus com sua vontade. E a Sagrada Escritura diz: “Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande? Porventura da boca do Altíssimo não sai tanto o mal como o bem?” (Lamentações 3, 37-38)
Clemente de Alexandria sustenta que os gregos se salvam pela sua sabedoria; afirma que Abraão era sábio em astronomia e aritmética e que Platão era profeta evangélico.
Como o autor não menciona onde se encontram as afirmações fica difícil saber a que ele se refere para podermos interpretar o que os pais da Igreja disseram. É o caso da sabedoria como salvação dos gregos. Suponho que o autor esteja se referindo ao Logo, palavra de Deus fonte de toda sabedoria. São Clemente de Alexandria muitas vezes chama Jesus de sabedoria de Deus Pai. Se eu estiver certo vou deixar o próprio santo responder essa questão:
“Até a vinda do Senhor, a filosofia foi necessária aos gregos para alcançarem a justiça. Presentemente, ela auxilia a religião verdadeira, emprestando-lhe sua metodologia para guiar aqueles que chegam à fé pelo caminho da demonstração. De fato, se atribuis à Providência todo bem, quer pertença aos gregos, quer seja nosso, "teu pé não tropeçará". Deus é a fonte de todas as coisas boas: de algumas, primariamente, como o Antigo e o Novo Testamentos; de outras, por conseqüência, como a filosofia. Pode ser que, deveras, aos gregos concedeu-se a filosofia, até que o Senhor vocacionasse os gregos. Assim a filosofia foi um pedagogo que levou os gregos a Cristo, como a lei levou a Cristo os hebreus. A filosofia foi um preparo que abriu caminho à perfeição em Cristo.” (Stromateis, I.V.28) No caso seria salvação indireta, ou seja, pela sabedoria poderiam ser salvos por Deus, logo a sabedoria pôde salvar de forma indireta. É do mesmo modo que dizemos que a Igreja salva por ser instrumento de salvação do Salvador.
Sou obrigado pela milésima vez lembrar que os pais da igreja não eram infalíveis! Eles eram homens, portanto, não estavam isentos a erros. Ao resto qual seria o problema caso tivesse errado? Sobre esse seu suposto saber foi dito pelo historiador Flavius Josephus ( - ) e pelo historiador Eusébio. Também aparece essa informação em apócrifos. Esse erro (caso for) até os escritores bíblicos poderiam ter cometido. E outra que ele teve esses conhecimentos talvez não seja besteira, Abraão nasceu, provavelmente, em Ur, onde já tinham conhecimento sobre astronomia e aritmética. Não faz sentido usar erros fúteis dos pais da igreja, que nem dizem respeito às doutrinas da Igreja, para afirmar que há erro quanto ao domingo, mesmo que abundantes escritos deles tenham dito o mesmo – que após a ressurreição de Jesus o primeiro dia passou a ser guardado. São evidências reais que não podem ser postas de lados porquanto os pais da igreja podem errar ou mentir. Se fosse assim não poderiam existir historiadores, pois, as pessoas pesquisadas poderiam estar mentindo ou errando no que dissessem. Mas qual o valor de algo escrito antes de apocalipse dizer que os cristãos guardavam o domingo? O que lemos na Didaqué, que foi escrita bem no tempo do apocalipse, merece ser desprezada mesmo usando a expressão usada por São João se referindo ao domingo? (mais adiante voltaremos nisso.) Poderia voltar à pergunta do início: De onde eles tiraram isso? E ainda: Isso tudo não atesta que isso foi desde a ressurreição de Cristo? Sobre Platão, o negócio não era bem assim. O que Ele disse foi o seguinte: “Sem dúvida, Deus não falava diretamente aos filósofos; ele não lhes transmitia uma revelação especial, como fazia com os profetas, mas guiava-os, apesar disso, indiretamente pela razão, que também é luz divina.” “E Deus inspirou os filósofos espargindo partículas do Logos em suas mentes.” Os instruiu através da razão. É nesse sentido que os “eleitos” gregos são chamados de profetas. ( “A razão grega teve até seus profetas, que foram os filósofos.” ) E por quê tudo isso? Deixamos que o santo finalize: “Deus deu a Lei aos judeus e a filosofia aos gentios para impedir que não acreditassem na vinda de Cristo. Porque, mediante dois processos diferentes de aperfeiçoamento, ele guia gregos e bárbaros para a perfeição da fé” (Obs: todas as citações foram tiradas de sua obra Stromata).
Tertuliano diz regozijar-se com os sofrimentos dos ímpios no inferno. Afirma que os animais oram. Defende o purgatório e a oração pelos mortos.
Obrigado pela confirmação das duas últimas. O senhor acertaria em dizer que o herege Tertuliano errou em não acreditar na virgindade de Maria, seria oportuno, era sua crença contra a de todos os pais da Igreja. Testemunhos anteriores ao nascimento dele dizem que Maria foi sempre virgem. E Temos o Magistério para interpretar a tradição. O que um pai da igreja falou pode estar errado, o que todos falaram (sobre fé) não.
Na verdade Tertuliano não disse que se regozija com os sofrimentos dos que estão no inferno , mas que regozijará-se (Cf. De spectaculis, cap. 30 ) Se isso te apavora, então, te dará o mesmo efeito o que diz a Bíblia: “Por isso Deus te destruirá, há de te excluir para sempre; ele te expulsará de tua tenda, e te extirpará da terra dos vivos. Vendo isto, tomados de medo, os justos rirão de ti, dizendo: Eis o homem que não tomou a Deus por protetor, mas esperou na multidão de suas riquezas e se prevaleceu de seus próprios crimes.” (Salmos 51,7-9) Tertuliano, realmente errou (como fez sobre Maria) sobre a oração de animais (Da oração cap. 29, 4). Foi uma completa bobagem sua (a não ser que seja num outro sentido que disse).
Eusébio era ariano (negava a Divindade de Cristo)]
Eusébio de Nicomédia, mais um grande herege.
Irineu quer que as almas, separadas do corpo, tenham mãos e pés. Defende a supremacia de Roma, alegando que a igreja tem mais autoridade que a Palavra de Deus. Defende ardorosamente o purgatório.
Sobre purgatório e supremacia de Roma não tenho nada a contestar. Sobre a alma ter mãos e pés, pesquisei, mas não encontrei em suas obras. Li em fonte indireta que Santo Irineu dizia que a alma no céu seria a figura do corpo para ser reconhecida. Um mero pensamento dele.
Dos vários supostos erros que o senhor citou somente dois podemos afirmar que com certeza eram realmente erros, sendo que os dois saíram de hereges, e outro de Santo Irineu que talvez seja. Sua lógica é fraca. Não é porque os pais da igreja puderam errar que irão necessariamente errar no caso do domingo. Se olharmos as obras dos Pais da Igreja encontraremos mais acertos do que erros. A questão do domingo tem uma diferença que vai bem longe dessas crenças individuais. Primeiro, a crença no domingo como dia do Senhor não era de um só, como eram os erros passados, era amplamente crida, sendo muito difícil, então, haver engano. Segundo, não era só uma doutrina, mas um costume que se seguia toda a semana, isso é mais um motivo para que a possibilidade de haver engano seja muito pequena.
Só para os desinformados. No grego clássico, realmente a expressão foi aplicada por alguns pais da igreja ao domingo. Entretanto, a Bíblia não foi escrita no grego clássico, mas, no grego koinê (comum, do povo). Por isso, precisamos buscar o significado da expressão no tipo de grego utilizado pelos autores do Novo Testamento. Isso é óbvio demais a ponto de nem ser preciso redigir um comentário desses no presente artigo. Mas, por amor à verdade, é bom deixar tudo bem claro.
Que confusão! É indiferente em quais gregos o Apocalipse e os outros foram escritos (é indiferente até em quais línguas). Tu nunca vai achar essa expressão em nenhum documento antes do Apocalipse ou do Didaqué, digo isso, pois não sabemos qual foi escrito primeiro. A expressão foi nova! Foi o apóstolo João ou o autor da Didaqué que primeiro escreveu.
O grego usado pelos primitivos Pais da Igreja é o grego koiné, só isso já põe fim a bobagem do Leandro.
Vejamos o que está na Didaqué (escrita em grego koiné entre 60 a 96 com São João ainda vivo)
"Reúna-se no dia do Senhor (kata kyriaken ou Kyriou) para partir o pão e agradecer após ter confessado seus pecados, para que o sacrifício seja puro." (cap. XIV,1)
E quando os primeiros cristãos partiam o pão? Veja:
"no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão..." (Atos 20,7)
Vejamos o que escreve Santo Inácio (discípulo DIRETO DE SÃO JOÃO, O AUTOR DE APOCALIPSE) em grego koiné:
"Os que vivem segundo a antiga tradição voltam a nova esperança, não guardando o sábado, mas o dia do Senhor , no qual nossa vida foi salva por Ele ("kata kyriaken zonte, secundum dominicam vivunt.") e por sua morte" (Ad. Magn. 9,1)
Poderia citar tantos outros... Mas só para mostrar que esses usaram a expressão equivalente da de São João referindo-se ao domingo.
Não foi sem motivo que São Jerônimo expert em grego traduziu do grego koiné "Kyriake hemera" para latim “Dominica die”, (dia dominical, Domingo)
Seria mera coincidência os Pais de a Igreja usarem a mesma expressão de São João para o domingo? Se os padres usaram a mesma nova expressão deve ter algum motivo. Não se trata apenas de doutrina, mas de valor histórico. Temos um registro certamente anterior ao apocalipse e outro que se não é, é contemporâneo, e tantos outros pouco tempo depois da existência do Apocalipse. Ora, os cristãos se reuniam em um dia específico toda a semana, como pensar que na Epístola de Barnabás, Didaqué e Carta aos Magnésios não se falava do mesmo dia do Apocalipse?
"Eis algumas evidências de que a expressão grega para “dia do Senhor” (no grego bíblico) não se refere ao primeiro dia da semana:"
1) A primeira menção ao domingo como “dia do Senhor” encontra-se num escrito falsamente atribuído a Pedro, chamado “Evangelho Segundo Pedro” (cap. 9:35), datado pelo menos uns 70 a 75 anos após o período que João escreveu o Apocalipse.
Errado! Foi na Didaqué escrita talvez até antes do Apocalipse com São João ainda vivo. Depois ainda vem a carta de Santo Inácio, discípulo de São João que morreu em 110d.C.
"Uma pergunta aos dominguistas:
Como João iria se referir ao domingo em Apocalipse 1:10, sendo que a primeira citação como sendo este o dia do Senhor aparece cerca de 70 a 75 anos DEPOIS dele escrever este texto? Impossível!"
Uma pergunta que o senhor mesmo responde? Ué não poderia ser São João o criador dessa expressão, ou melhor, o primeiro a escrevê-la? Não poderia ser o primeiro a escrever se referindo ao domingo? Caso fosse apenas depois de 70 a 75 anos (o que não foi) o escritor não poderia estar usando a expressão de São João? E isso já não poderia estar na tradição oral?
2) Justino Mártir (ano 150 d.C) quando alude a um costume que se implanta entre os cristãos de sua época a reunirem-se no 1o dia da semana, refere-se a esse dia com a expressão “dia do Sol” e não “dia do Senhor”.
Era uma expressão também usada. São Justino também diz "dia dito (ou que se chama) do Sol". Ele fala se dirigindo aos pagãos que adoravam o Sol nesse dia. Vou deixar São Justino explicar para o senhor como fez aos pagãos:
"Celebramos essa reunião geral no dia do sol, porque foi o primeiro dia em que Deus, transformando as trevas e a matéria, fez o mundo, e também o dia em que Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dos mortos. Com efeito, sabe-se que o crucificaram um dia antes do dia de Saturno e no dia seguinte ao de Saturno, que é o dia do Sol, ele apareceu a seus apóstolos e discípulos, e nos ensinou essas mesmas doutrinas que estamos expondo para vosso exame" (Justino de Roma 155 d.C, I Apologia cap 67)
E mais diz São Jerônimo:
“O dia do Senhor, o dia da ressurreição, o dia dos cristãos, é o nosso dia. É por isso que ele se chama dia do Senhor: pois foi nesse dia que o Senhor subiu vitorioso para junto do Pai. Se os pagãos o denominam dia do sol, também nós o confessamos de bom grado: pois hoje levantou-se a luz do mundo, hoje apareceu o sol de justiça cujos raios trazem a salvação.” (CCL, 78,550,52)
3) O evangelho de João teria sido escrito mais ou menos na mesma década que o Apocalipse e, ao referir-se ao domingo, o apóstolo não o chama de “dia do Senhor”, mas meramente “primeiro dia”. Nenhum título de santidade é dado ao domingo (só na imaginação fértil dos que são contra o quarto mandamento da Lei de Deus)
O Apocalipse foi o último livro escrito. Se o Evangelho de João fosse posterior aí sim seu argumento teria algum sentido. E nem sempre foi usado "Dia do Senhor" para se referir ao domingo, veja o escrito abaixo que é anterior ao Apocalipse:
“Guardamos o oitavo dia (o domingo) com alegria, o dia em que Jesus levantou-se dos mortos” (Epístola Barnabás 15:6-8).
"4) Nem o Pai nem o filho reclamaram o domingo como “SEU” em qualquer sentido. Se seguirmos a lógica dos oponentes (em guardar o domingo por que Jesus ressuscitou no primeiro dia), poderíamos santificar a sexta-feira – o dia da crucificação. Ele não tem menos importância para nós cristãos! Por que não chamar o dia da “ascensão” de “dia do Senhor?” Qual critério bíblico é utilizado para dizer que o momento da ressurreição é mais importante que o dia em que Cristo morreu e subiu aos céus?"
Se Jesus disse: "Porque o Filho do homem até do sábado é Senhor."(Mat 12,8) subentende-se que os outros dias Ele é Senhor também.
Lá em cima está a explicação do santo: "porque foi o primeiro dia em que Deus, transformando as trevas e a matéria, fez o mundo, e também o dia em que Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dos mortos." Não que sua crucificação seja inferior à sua ressurreição, mas a mudança de dia tem um motivo específico. E se eu for por seu argumento posso dizer que dá para guardar a sexta ou domingo ao invés do sábado porque ambos os dias não podem ser inferiores ao dia que Deus descansou já que em um Ele foi crucificado e em outro ressuscitou. Ou tem menos importância o primeiro dia em que Deus transformou as trevas em luz e fez o céu e a terra com o dia que Ele descansou? Estou usando até a bobagem adventista que foram 7 dias de 24h para o senhor entender.
6) Toda a vez que o Novo Testamento se refere ao primeiro dia da semana, usa a expressão “primeiro [dia] após o sábado” (Mt 28:1; Mc 16:2; Lc 24:1; Jo 20:1,19; At 20:7; 1Co. 16:2). Ou, “segundo [dia] após o sábado”, etc. Isto dá mais valor ao sétimo dia como ponto central da semana, para os escritores evangélicos.
Nenhum dos versículos mencionados como prova usou as expressões que o senhor passou. E qual seria a tradução de domingo naqueles tempos? Tem que se ter em mente que o domingo não tinha nome específico no grego até o Apocalipse ou Didaqué (provavelmente havia uma tradição oral, depois da ressurreição de Cristo, de chamá-lo como "Dia Senhorial, “Dia do Senhor" antes dos citados). Os dias eram ditos segundo sua posição na semana, com exceção do sétimo que além de "sétimo dia" poderia ser chamado por "sábado"(descanso).
O dia do Senhor na Bíblia
“Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.” Gênesis 2:1-3 (Não venha me dizer que aqui não é o sábado…)
Se o senhor acha que foram 7 dias de 24 horas fica difícil até argumentar. Segundo o senhor os dinossauros conviveram com os homens? Aonde é que vamos parar?! Dia sétimo não é mesmo? E onde o senhor viu que era o dia após sexta? Que os judeus passaram a consagrar esse dia como o que Deus descansou todo mundo sabe, mas isso não significa que não se poderá guardar outro sétimo dia. Nós católicos ainda guardamos o dia que Deus santificou, o sétimo.
“Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.” Êxodo 20:8-11.
Obrigado Sr. Leandro por usar a escritura que comprova meu argumento. A própria passagem explica o que é lembrar-se do dia de sábado (descanso) para santificar: "Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.” Não se deve fazer nenhum trabalho nesse dia. Leia sobre São João Vianney que lutou muito para que a comunidade onde era padre consagrasse o domingo.
O Sr. Leando depois cita: Êxodo 16,23, Neemias 10,31 e Isaías 58:13
O que muda é que passamos a santificar o domingo, ao invés do sábado.
“Porque o Filho do Homem é senhor do sábado.” Mateus 12:8 (Aqui e no texto seguinte Jesus não diz que é o “senhor do sábado” para desobedecer e sim para dar o exemplo, ensinando as pessoas a guardarem o sétimo dia da maneira correta.)
Que interpretação bem esdrúxula. Não se pode tirar tudo isso nesse único versículo. Se dizendo Senhor do sábado Jesus se diz Soberano sobre ele, próprio Deus (e como tal poderia muito bem transferir) e é por isso que os fariseus queriam matá-lo.
Onde na Bíblia o domingo é chamado de “dia do Senhor”?
Apocalipse 1,10. E onde o sábado é chamado de “Dia do Senhor”? O sétimo dia sempre foi chamado de sábado (descanso) nas escrituras, o título Dia do Senhor foi novo, dado ao domingo. Matheus 12, 8 não diz que o sábado é o “dia do Senhor”, mas que Ele é Senhor do sábado, assim como é dos demais. O dia do Senhor, no sentido de próprio, pertencente, é o domingo.
Os textos são tão claros para o filho de Deus – regenerado pelo Espírito – que não farei maiores comentários. Cabe a cada um aceitar ou não o que Deus diz e depois prestar contas a Ele pessoalmente (Rm 14:12; 2Co 5:10).
Sua clareza é tão clara quanto o senhor ser regenerado e os outros não.
Gostaria que os defensores do domingo me respondessem a pelo menos uma pergunta, das várias que surgiram com esse artigo:
Respondi e estou a seu dispor para mais respostas.
Como João iria se referir ao domingo em Apocalipse 1:10, sendo que a primeira citação como sendo este o dia do Senhor aparece cerca de 70 a 75 anos DEPOIS dele escrever esse texto?
Digamos que a Didaqué foi escrita depois de Apocalipse e que a referência apareça só cerca de 70 a 75 anos, qual seria o problema de São João ser o primeiro a mencionar a expressão? Se a Didaqué não foi escrita antes ou durante o Apocalipse, certamente foi no máximo dois anos depois. Santo Inácio usa expressão depois de 10 a 15 anos do Apocalipse.
Aguardarei respostas sinceras e embasadas na Bíblia.
Espero ter sido claro.
“Então, disse o SENHOR a Moisés: Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis?” Êxodo (16:28)
"A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se cabeça da esquina. Foi o Senhor que fez isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos. Este é o dia que fez o Senhor; regozijem-nos e alegremo-nos nele" (Sl 118,22-24). Jesus se tornou pedra angular num domingo.
8 comentários:
Nelson pergunta:
E onde o sábado é chamado de “Dia do Senhor”?
Nelson vou responder sua pergunta pra acabar de vez com isso.
Isaias 58:13(se desviares do sábado o teu pé, e deixares de prosseguir nas tuas empresas no meu santo dia; se ao sábado chamares deleitoso, ao (SANTO DIA DO SENHOR), digno de honra; se o honrares, não seguindo os teus caminhos, nem te ocupando nas tuas empresas, nem falando palavras vãs;)
Nelson e esse texto e bem claro!
O 7 dia e o santo dia do senhor!!!!!!!
Nelson, Nao e bobagem adventista mesmo. E so vc ler gênesis 1:31( E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto.) será que tarde e manha Nao e um dia literal?
Bobagem sua e vc crer no domingo(1 dia da semana).
E vc também Nao explicou nada. Falou falou e nada.vai ai a pergunta nivamente.
Qual critério bíblico é utilizado para dizer que o momento da ressurreição é mais importante que o dia em que Cristo morreu e subiu aos céus?"
6) Toda a vez que o Novo Testamento se refere ao primeiro dia da semana, usa a expressão “primeiro [dia] após o sábado” (Mt 28:1; Mc 16:2; Lc 24:1; Jo 20:1,19; At 20:7; 1Co. 16:2). Ou, “segundo [dia] após o sábado”, etc. Isto dá mais valor ao sétimo dia como ponto central da semana, para os escritores evangélicos.
(Nenhum dos versículos mencionados como prova usou as expressões que o senhor passou.)
Nelson vamos vc se os vesiculos que o Leandro passou Nao existe as expressões primeiro (dia) após o sabado?
Em Marcos 16:2, Lucas 24:1,Joao 20:1,atos 20:7,1cor 16:2. Aparece a expressão (miá ton sabbáton ).
Em todos esses textos Nelson, e encontrado a expressão (primeiro (dia)após o sábado). Bem claro...
Não pense que não conheço essa passagem Paulino, ela foi até citada pelo Sr. Leandro. O sábado foi o "dia do Senhor", o domingo é o "dia do Senhor". Mas o que estava em discussão não era se foi e sim o título dado. O versículo que você citou não pode ser usado como prova, pois, veja como está no hebraico:
"'aM-ThShYB MShBTh UrGLK 'yShVTh ChPhTShYK BYVM QDShY VQUr'aTh LShBTh 'yNG LQDVSh YHVH MKBD VKBDThV M'yShVTh DUrKYK MMTShV'a ChPhTShK VDBUr DBUr."
Onde está YVM YHWH? Veja que lemos "YVM" só na parte que dizia "no meu santo dia".
Note a parte "LQDVSh YHVH", ela quer dizer "Santo do Senhor". Assim, a tradução mais correta seria "chamares ao sábado deleitoso, e santo do Senhor". Assim que está na tradução de São Jerônimo:
"si averteris a sabbato pedem tuum facere voluntatem tuam in die sancto meo et vocaveris sabbatum delicatum et sanctum Domini gloriosum et glorificaveris eum dum non facis vias tuas et non invenitur voluntas tua ut loquaris sermonem"
Veja que "die" (dia) aparece uma única vez e está na parte que dizia "no meu santo dia".
Quando se referiam ao sábado não usavam "Dia do Senhor" ao lugar de sábado ou sétimo dia e foi nesse sentido que falei. No caso de Apocalipse foi usado "Dia do Senhor" no lugar de "primeiro dia", "oitavo" etc.
Sem falar que em Apocalipse 1,10 tem um sentido diferente do que apenas "do Senhor", kyriakos", que é literalmente "pertencente ao Senhor". Era usado como algo que pertencia ao Imperador, algo Imperial.
Além do mais, a Septuaginta (escrita em grego koiné) não traduz como "kyriake hemera" Isaías 58,13. Ela apresenta o versículo assim: "ean apostreyhV ton poda sou apo twn sabbatwn tou mh poiein ta qelhmata sou en th hmera th agia kai kaleseiV ta sabbata trufera agia tw qew sou ouk areiV ton poda sou ep' ergw oude lalhseiV logon en orgh ek tou stomatoV sou"
(argumento feito por Nelson)Note a parte "LQDVSh YHVH", ela quer dizer "Santo do Senhor". Assim, a tradução mais correta seria "chamares ao sábado deleitoso, e santo do Senhor".
Paulino:
Nelson se for levar em conta que nao aparece a palavra dia, também ficaria sem sentido essas passagens:
(Mt 28:1; Mc 16:2; Lc 24:1; Jo 20:1,19; At 20:7; 1Co. 16:2)
Pois as mesma nao aparece a palavra dia.
(miá ton sabbáton ). primeiro [dia] após o sábado ou primeiro dia da semana.
Conclusão isaias 58:13
A expressão santo dia do senhor e santo do senhor significa a mesma coisa..
A palavra "yom" do hebraico foi simbólica, simbolizando era e não dias de 24h.
Assim os 6 dias em Gênesis seriam um tempo muito longo.
A própria Bíblia diz: “Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite” (Sl. 90:4).
Lemos que o Sol só foi criado no quarto dia (Gen 1,16), logo, os dias, pelo menos, anteriores, não poderiam ser contados por 24 horas. As manhãs e as tardes são tão simbólicas quanto o dia.
Da criação da Terra (4,6 bilhões de anos) até a do homem (200 mil anos) passou-se longos períodos de resfriamento e de mudanças geológicas.
Você não quer que eu creia que a humanidade tem 4,6 bilhões de anos ou que a Terra e a humanidade têm 6.000 anos neh? E o que diria das múmias encontradas na América Latina datadas em 7000 a. C? E tantos fósseis de homem com 100, 130, 160 mil anos?
Qual critério bíblico é utilizado para dizer que o momento da ressurreição é mais importante que o dia em que Cristo morreu e subiu aos céus?"
Isso já foi respondido. A questão não está em ter mais importância que o outro, de mesma forma que não estava o sábado na Antiga Aliança. O sábado teve mais importância porque Deus o santificou e o domingo mesma forma.
Sua vitórica completa sobre a morte se dá com sua ressurreição, como está dito: "Com efeito, se por um homem veio a morte, por um homem vem a ressurreição dos mortos. Assim como em Adão todos morrem, assim em Cristo todos reviverão." (1 Cor. 15, 21-22)
A palavra sábbaton também quer dizer semana.
Sendo "Miá" numeral grego feminino tem quer concordar com outra palavra "hemera" que é do gênero feminino e está subetendida. sabbáton é neutro. Portanto, toda vez que sabbaton é precedido por números ordinais o que se fala é de semana e não sábado.
Mia = primeiro, ton = da e sabbaton = semana. Quer dizer "PRIMEIRO DA SEMANA"
Comumente traduzido por primeiro dia da semana.
Como prova que sábbaton e derivados não querem dizer só sábado leia o que está em Lucas 18,12 onde aparece:
"Jejuo duas vezes na semana (nesteuo dis tu sábbatu), e dou os dízimos de tudo quanto possuo."
É óbvio que ele não falava que jejuava duas vezes no sábado, sendo a tradução como "semana" mais coerente.
"Nelson se for levar em conta que nao aparece a palavra dia, também ficaria sem sentido essas passagens:
(Mt 28:1; Mc 16:2; Lc 24:1; Jo 20:1,19; At 20:7; 1Co. 16:2)
Pois as mesma nao aparece a palavra dia.
(miá ton sabbáton ). primeiro [dia] após o sábado ou primeiro dia da semana.
Conclusão isaias 58:13
A expressão santo dia do senhor e santo do senhor significa a mesma coisa.. "
Não aparece "dia" não aparece "após" e nem artigo definido "o". Nas duas passagens é óbvio, que se referem a dia e está subentendida. É claro que a tradução mais literal seria "Primeiro da semana", o que saberíamos que se refere a dia.
Só que na discussão de Isaías 58 não estou discutindo se é ou não o dia de sábado. É o sábado, mas a expressão para ele não foi "Dia do Senhor". O que quero frisar é que não foi titulado como "Dia do Senhor", como foi o domingo. Que o sábado era o "dia do senhor" eu sei, a questão é que ele nunca foi chamado assim.
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