Quae est ista quae ascendit de deserto, deliciis affluens, innixa super Dilectum suum? Quem é esta que sobe do deserto cheia de delícias e apoiada em seu Amado?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Esmagando um luterano

 Neste post passo a refutar um protestante de uma comunidade do orkut  chamada "Nova Reforma Protestante". Como vocês poderão notar seu tópico está repleto de erros históricos que não mereceriam ficar sem respostas.

Carlos:

"Em qual livro de história, ou documentos de historiadores da época se refere a Pedro como papa?"

Nem precisarei fazer uma grande busca para isso, livros de história que confirmam que Pedro foi Papa é de fácil acesso. Até é previsível que existam mais livros de história que acompanham a fé no primado de Pedro do que o contrário. Acredito que quando o Carlos está falando de livros de história refere-se a quaisquer livros sobre história e não livros didáticos. É ainda estranho o pedido do protestante Carlos, pois, se os livros dos próprios historiadores são fundamentados nos escritos dos pais da Igreja, para quê precisaríamos mostrar os livros se já mostrássemos a fonte direta, ou seja os escritos dos santos dos primeiros séculos?
Abaixo alguns dos vários livros:
Pedro - O Primeiro Papa (autor: historiador Rene Laurentin)
História do cristianismo (autores: Michael Collins e Matthew Price)
Santos & Pecadores – A História dos Papas (autor: Eamon Duffy, professor de história do cristianismo)
Papas e o Papado (Rudolf Wollpert)
Uma Breve História do Mundo (autor: Geoffrey Blainey)

Só os acima citados já bastam. Aliás qualquer livro de história geral não tendencioso confirmará esse credo. Não teriam como negar tantos documentos que certificam isso.

Quanto aos documentos de historiadores, a que época será que o Carlos se refere? Seria algum historiador coevo de Constantino? Seria posterior?
Transcreverei escritos de três historiadores, depois farei o mesmo com escritos de diversos cristãos anteriores ou não a eles. É bom ressaltar que os próprios historiadores que citarei tinham como base as obras dos primeiros pais da Igreja. Lembro, para não ocorrer outras confusões, que o Papa é vigário de Cristo, sucessor de Pedro e Pontífice da Igreja.

Eusébio (263-340 d.C.) primeiro historiador cristão:
"Pedro, de nacionalidade galiléia, o primeiro pontífice (o que supõe que houve sucessores)  dos cristãos, tendo inicialmente fundado a Igreja de Antioquia, se dirige a Roma, onde, pregando o Evangelho, continua vinte e cinco anos Bispo da mesma cidade." (História Eclesiástica)

Optato de Milevi, historiador , registra no ano 367: "Na cidade de Roma, quem por primeiro se sentou na cátedra episcopal foi o Apóstolo Pedro, ele que era a cabeça de toda a Igreja, (...) Os apóstolos nada decidiam sem estar em comunhão com esta única cátedra (...) Recorde a origem desta cátedra, todos que reinvidicam o nome da Santa Igreja Católica..." (O Cisma Donatista 2:2).

Sulpício Severo (360-420), historiador, falando do tempo de Nero, diz: "Neste tempo, Pedro exercia em Roma a função de Bispo" (His. Sacr., n. 28)

Agora, vamos a outras obras:

Clemente de Roma, +100, 4º Papa: “Se algum homem desobedecer às palavras que Deus pronunciou através de nós, saibam que esse tal terá cometido uma grave transgresão, e se terá posto em grave perigo (...) obedeçam às coisas escritas por nós através do Espírito Santo” (Carta aos Coríntios 59,1).

Ireneu (130 - 202) [foi discípulo de um discípulo do apóstolo João]: "Para a maior e mais antiga a mais famosa Igreja, fundada pelos dois mais gloriosos Apóstolos, Pedro e Paulo." e ainda "Os bem-aventurados Apóstolos portanto, fundando e instituindo a Igreja, entregaram a Lino  o cargo de administrá-la como bispo; a este sucedeu Anacleto; depois dele, em terceiro lugar a partir dos Apóstolos, Clemente recebeu o episcopado."
´Já que seria demasiado longo enumerar os sucessores dos Apóstolos em todas as comunidades, nos ocuparemos somente com uma destas: a maior e a mais antiga, conhecida por todos, fundada e constituída pelos dois gloriosíssimos apóstolos Pedro e Paulo. Mostraremos que a tradição apostólica que ela guarda e a fé que ela comunicou aos homens chegaram até nós através da sucessão regular dos bispos, confundindo assim todos aqueles que querem procurar a verdade onde ela não pode ser encontrada. Com esta comunidade, de fato, dada a sua autoridade superior, é necessário que esteja de acordo toda comunidade, isto é, os fiéis do mundo inteiro; nela sempre foi conservada a tradição dos apóstolos´ (Contra as Heresias III,3,2).

Cipriano (martirizado  em 258):
 "A cátedra de Roma é a cátedra de Pedro, a Igreja principal, de onde se origina a unidade sacerdotal." (Epístola 55,14)
“ao lugar de Fabiano, que é a cátedra de Pedro” (Ep 55:8; cf. 59:14).
"No entanto, Pedro, sobre o qual a Igreja foi edificada pelo mesmo Senhor, falando por todos, e respondendo com a voz da Igreja, diz: “Senhor, para onde havemos de ir? Tu tens as palavras de vida eterna; e nós cremos que tu és o Cristo, filho de Deus vivo.”" (Epist. 54, a Cornelius, n.7.) 
"Estar em comunhão com o Papa é estar em comunhão com a Igreja Católica" (Ep 55, n.1)

Epifânio (315-403 d.C.): "A sucessão de Bispos em Roma é nesta ordem: Pedro e Paulo, Lino, Cleto, Clemente etc..."[1]

Optato de Milevo, séc IV, contemporânio de Santo Ambrósio:
"Você não pode negar que sabe que na cidade de Roma a cadeira episcopal foi primeiro (o que supõe sucessões) investida por Pedro, na qual Pedro, cabeça dos Apóstolos, a ocupou."

Santo Agostinho (354 - 430):
"A Pedro sucedeu Lino." (Ep. 53, ad. Gen.)

Quem em plena atividade mental poderia passar por cima de todos os escritos acima?

Segue Carlos:

"Depois que Constantino aderiu ao cristianismo, tomou ele a frente da Igreja, de tal modo que a partir desse imperador, todos os próximos oito concílios foram convocados por eles e presididos por bispos que  eles mesmos, os imperadores, nomeavam. Mas ainda no ano 381, o segundo concílio geral, que se realizou em Constantinopla, não admitiu qualquer supremacia de Roma. "

Isso é totalmente falso! Qualquer historiador sabe que Constantino não se metia em debates teológicos. A única coisa que fez foi convocar concílio ecumênico. O Papa não tinha porte para fazer o mesmo logo nos primeiros tempos da Igreja. Ocorriam antes concílios regionais. Heresias não eram problemas só da Igreja, mas também do Estado que viam nisso ameaças a unidade do Governo, então é natural que colaborassem com a Igreja. É o que admitem até estudiosos protestantes: "Frise-se que o Concílio de 325 foi convocado [...] porque este temia uma cisão nessa seita, o que, segundo ele, poria em perigo a unidade do império, e essa unidade tinha de ser mantida à força." (Protestante Alcides Conejeiro Peres)
Também o Estado e a Igreja andavam juntos, como deveriam andar até hoje. Constantino foi muito estimado por ter dado a liberdade aos cristãos, chegando até ser comparado com Moisés pelo historiador Eusébio.
O estudioso J.M.Sansterre, em sua obra “Eusébio de Cesaréia e o Nascimento da Teoria Cesaropapista”, investigou 14 textos que procedem de Constanino, datados entre 325 e 335 e desmontou a idéia de qualquer influência, até porque Constantino não entendia nada de teologia.
Os concílios eram convocados pelos imperadores (por motivo já mencionado), mas o Papa quando não comparecia mandava representantes. E outra o concílio só se tornava legítimo com o reconhecimento de algum Papa, podendo ser até posterior, como foi, por exemplo, o de Constantinopla (381).
Explica D. Estevão Bettencourt:
"Os primeiros Concílios eram convocados pelos Imperadores e não pelo bispo de Roma ou o Papa. A lgreja, em seus primeiros séculos, embora fosse confiada a Pedro, não podia ter governo tão centralizado como o teve a partir da Idade Média, visto que as comunicações eram outrora difíceis entre Oriente e Ocidente. Contudo, para que as definições dos Concílios tivessem autoridade, foi sempre necessário que o bispo de Roma as aprovasse e confirmasse. Nenhum Concílio tem poder de decisão sem a participação e o apoio do Papa, ainda que esta aprovação Ihe seja dada depois de realizado o Concílio."
No concílio de 381 não teve presença do Papa e nem de legado dele, por um único motivo esse concílio tinha idéia original de ser regional, mas como sabemos o mesmo foi reconhecido pela Igreja apartir do séc IV  no que diz respeito a fé.

Veremos se em cada um dos oito concílios que você diz, a autoridade do Papa era rebaixada:

1. Concílio de Nicéia (325) - Esse concílio foi presidido por Osio, e dois legados do Papa. O Papa Silvestre confirmou as decisões do Concílio.

2. Concílio de Constantinopla I (381) - Como já dito não teve presença e nem representantes do Papa por ter idéia original de ser regional e não ecumênico. No século IV foi reconhecido explicitamente pela Igreja.

3. Concílio de Éfeso (431) -  O Papa São Celestino I fez se representar por São Cirilo de Alexandria. O Papa São Celestino confirmou as decisões desse concílio.

4. Concílio de Calcedônia (451) - Papa São Leão Magno, enviou seus legados, assim como uma carta. No cânon 28 o concílio igualou Constantinopla com Roma e o Papa São Leão Magno, recusou-se aprovar este cânon.

5. Concílio de Constantinopla II (553) - Presidido por  Êutico de Constantinopla e pelo Papa Vigílio. Após uma discussão longa, a conclusão do Concílio foi submetida ao Papa.

6. Concílio de Constantinopla III (680/1) - Confirmado pelos Papas São Agatão (678-681) e São Leão II (682-683).

7. Concílio de Nicéia II (787) - Foi resolvida de comum acordo com o Papa Adriano I a convocação desse concílio. No concílio foi lida a carta do Papa ao Patriarca Tarásio de Constantinopla e a Irene em favor das imagens.

8. Concílio de Constantinopla IV (869/870) - Houve um entendimento do Papa Adriano II e do lmperador Basílio I para a convocação desse concílio. O Papa Adriano II aprovou as decisões do Concílio.

Como lemos, a presença da autoridade do Papa foi constante nos oito primeiros concílios ecumênicos.

Prossegue Carlos com seu "ctrl+v":
"...esse concílio, que foi, quase do princípio ao fim, um tempestuoso pronunciamento contra as tendências usurpadoras do papa Dâmaso, igualou à metrópole de Roma as de Constantinopla, Alexandria, Antioquia, Éfeso e Cesaréia, elevou em privilégio a capital do Oriente à altura do metropolita italiano, que não protestou. E, posto fosse o segundo concílio geral, posto nele se tivesse completado o símbolo niceno com o dogma do Espírito Santo, não teve o bispo de Roma naquela assembleia nem um representante sequer". (Janus - O Papa e o Concílio, Pp. 64).

O escritor está erradíssimo. Pego o próprio documento para mostrar que a pesquisa dele não vale nada:

«O bispo de Constantinopla tem a primazia de honra imediatamente depois do bispo de Roma, pois Constantinopla é a nova Roma.» (Cânon 3, Mansi, III.560 C)

Como o escrito mostra não há igualdade e sim superioridade de Roma. O que aconteceu foi que como Constantinopla virou capital do império teve grande importância, vindo então, ser referida logo atrás de Roma.

Carlos interroga:
-Onde está a supremacia da igreja de Roma e a de Pedro?

Nos diversos escritos que passei. Nos diversos concílios onde a confirmação final era do Papa.

-Se houvesse papa no ano 381, por quê um imperador (Teodósio) quem convocou esse concílio, bem como o primeiro?

Isso já foi explicado.  Agora negarás existência de Papa em 381? Como logo no começo, ainda que erroneamente, escreves: "Constantinopla, não admitiu qualquer supremacia de Roma"? E ainda cita um autor que diz: "não teve o bispo de Roma naquela assembleia nem um representante sequer"? Ora, isso é admitir, mesmo que indiretamente, a existência de Papa em 381. Como o Imperado no concílio de Constantinopla I ignoraria o Papa, segundo sua tese, se ele não existisse?

-E como explicar o fato de que os presidentes desses concílios eram bispos indicados pelos imperadores, e não pelo papa?

Quando os concílios não eram presididos pelo próprio Papa, eram de representantes do mesmo.

Continua...

"São tantas as heresias católicas, que quase não dá pra contar, não vou enumerar todas, apenas algumas:"

O protestante Carlos já parte pelo princípio que são heresias. Aposto que pegou as "heresias" abaixo de algum site evangélico e nem fez questão de ver se procediam.

"1 - Sinal da Cruz >>>>> ano 300 d.c"

Tertuliano (155-222):
“Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, quando nos lavamos, quando iniciamos as refeições, quando nos vamos deitar, quando nos sentamos, nessa ocasiões e em todas as nossas demais atividades, persignamo-nos a testa com o sinal da Cruz” (De corona militis 3).

Hipólito de Roma (+ 235/6):
Marcai com respeito as vossas cabeças com o sinal da Cruz. Este sinal da Paixão opõe-se ao diabo e protege contra o diabo, se é feito com fé, não por ostentação, mas em virtude da convicção de que é um escudo protetor. É um sinal como outrora foi o Cordeiro verdadeiro; ao fazer o sinal da Cruz na fonte e sobre os olhos, rechaçamos aquele que nos espreita para nos condenar” (Tradição dos  Apóstolos 42).

Sinal da Cruz poderia ser heresia?

2 - Oração pelos mortos>>>>> 300

“Quando tu oravas com lágrimas e enterravas os mortos, quando deixavas a tua refeição e ias ocultar os mortos em tua casa durante o dia, para sepultá-los quando viesse a noite, eu apresentava as tuas orações ao Senhor.” (Tob 12,12)

Didaqué séc I: "Ao fazerdes as vossas comemorações, reuni-vos, lede as Sagradas Escrituras... tanto em vossas assembléias quanto nos cemitérios. O pão duro que o pão tiver purificado e que a invocação tiver santificado, oferecei-o orando pelos mortos"

Tertuliano (155-222): "A esposa roga pela alma de seu esposo e pede para ele refrigério, e que volte a reunir-se com ele na ressureição; oferece sufrágio todos os dias aniversários de sua morte".
"Durante a morte e o sepultamento de um fiel, este fora beneficiado com a oração do sacerdote da Igreja".

3 - Uso de velas>>>>> 320

"Farás um candelabro de ouro puro... Far-lhe-ás também sete lâmpadas. As lâmpadas serão elevadas de tal modo que alumiem defronte dele" (Ex 25,31.37) Ler mais: 1Rs 7,49; 2Cr 4,7.20; Jr 52,19; Ap 1,13; 2,1

4 - Veneração dos anjos e dos santos mortos. O USO DE IMAGENS >>>> 375

Veneração de Santos e anjos na Bíblia:

“No mesmo ponto abriu o Senhor os olhos a Balaão, ele viu o Anjo parado no caminho com a espada desembainhada, e, prostrado por terra, o adorou”. (Números, 22,31)

"Chegou ela e lançando-se-lhe aos pés (de Eliseu), adorou prostrada em terra." (4 Reis, 4,36,37)

"Mas Paulo bradou em alta voz: Não te faças nenhum mal, pois estamos todos aqui. Então o carcereiro pediu luz, entrou e lançou-se trêmulo aos pés de Paulo e Silas." (Atos 16, 28-29)

Tradição:

“Ignoravam eles que não poderíamos jamais abandonar Cristo, que sofreu pela salvação de todos aqueles que são salvos no mundo, como inocente em favor dos pecadores, nem prestamos culto a outro. Nós o adoramos porque é o Filho de Deus. Quanto aos mártires, nós os amamos justamente como discípulos e imitadores do Senhor, por causa da incomparável devoção que tinham para com seu rei e mestre. Pudéssemos nós também ser seus companheiros e condiscípulos!” (Martírio de Policarpo 17:2 +- 160 D.C).

“Vendo a rixa suscitada pelos judeus, o centurião colocou o corpo no meio e o fez queimar, como era costume. Desse modo, pudemos mais tarde recolher seus ossos [de Policarpo], mais preciosos do que pedras preciosas e mais valiosos do que o ouro, para colocá-lo em lugar conveniente. Quando possível, é aí que o Senhor nos permitirá reunir-nos, na alegria e contentamento, para celebrar o aniversário de seu martírio, em memória daqueles que combateram antes de nós, e para exercitar e preparar aqueles que deverão combater no futuro.” (Martírio de Policarpo 18 +- 160 D.C)

Uso de imagens conferir:
http://www.digitusdei.com.br/2009/12/idolos-vs-imagens.html
http://www.digitusdei.com.br/2010/01/imagens-igreja-primitiva.html

5 - Missa como celebração diária >>>>> 394

A heresia seria a celebração diária ou a missa em si?

Inácio(67 – 110 d.C.), Bispo de Antioquia, foi discípulo do apóstolo João:
"Abstêm-se eles da Eucaristia e da oração, por­que não reconhecem que a Eucaristia é a carne de nosso Salvador Jesus Cristo, carne que padeceu por nos­sos pecados e que o Pai, em Sua bondade, ressuscitou."

Justino de Roma (100 - 165):
Este alimento se chama entre nós Eucaristia, da qual ninguém pode participar, a não ser que creia serem verdadeiros nossos ensinamentos e se lavou no banho que traz a remissão dos pecados e a regeneração e vive conforme o que Cristo nos ensinou. 2De fato, não tomamos essas coisas como pão comum ou bebida ordinária, mas da maneira como Jesus Cristo, nosso Salvador, feito carne por força do Verbo de Deus, teve carne e sangue por nossa salvação, assim nos ensinou que, por virtude da oração ao Verbo que procede de Deus, o alimento sobre o qual foi dita a ação de graças - alimento com o qual, por transformação, se nutrem nosso sangue e nossa carne - é a carne e o sangue daquele mesmo Jesus encarnado. 3Foi isso que os Apóstolos nas Memórias por eles escritas, que se chamam Evangelhos, nos transmitiram que assim foi mandado a eles, quando Jesus, tomando o pão e dando graças, disse: "Fazei isto em memória de mim, este é o meu corpo". E igualmente, tomando o cálice e dando graças, disse: "Este é o meu sangue", e só participou isso a eles. (APOLOGIA I)

"Chamamos este alimento de eucaristia. Ninguém está autorizado a participar se não acreditar que  nossos ensinamentos são verdadeiros, foi lavado no banho a remissão dos pecados e regeneração, e vive de acordo com o que Cristo nos ensinou. Porque nós não comemos pão ou bebida comuns, mas e Jesus Cristo, nosso Salvador, foi encarnado por força da Palavra de Deus para nossa salvação, tal como temos mostrado que alimentos, que alimentam a nossa carne e sangue "é a carne e do Sangue de Jesus encarnado, uma vez que estes alimentos tem sido o milagre realizado pela frase contendo as palavras do Cristo. Os Apóstolos, em seus comentários, que são chamados evangelhos transmitida de modo que quando Jesus ordenou que ele tomou o pão e, dando graças, disse: "Fazei isto em memória de mim, este é o meu corpo. E o Da mesma forma, tomando o cálice, deu graças e disse que este é o meu sangue. E só entregou-lhes (...). (Diálogo com Trifão)

Hipólito de Roma (160 - 235):
Assim que se tenha tornado bispo, todos ofereçam-lhe o ósculo da paz, saudando-o por tornar-se digno. Os diáconos, então, oferecer-lhe-ão o sacrifício e ele, após impor suas mãos [sobre o sacrifício] dará graças, juntamente com todo o presbitério, dizendo: "O Senhor esteja convosco". Todos responderão: "E com o teu espírito". [Dirá:] "Corações ao alto". [Responderão:] "Já os oferecemos ao Senhor". [Dirá:] "Demos graças ao Senhor". [Responderão:] "Pois é digno e justo". Em seguida, prosseguirá: "Nós te damos graças, ó Deus, por teu Filho querido, Jesus Cristo, que nos enviaste nos últimos tempos, [Ele que é nosso] Salvador e Redentor, porta-voz da tua vontade, teu Verbo inseparável, por meio de quem fizeste todas as coisas e, por ser do teu agrado, enviaste do céu ao seio de uma Virgem; aí presente, cresceu e revelou-se teu Filho, nascido do Espírito Santo e da Virgem. Cumprindo a tua vontade, obtendo para ti um povo santo, ergueu as mãos enquanto sofria para salvar do sofrimento todos aqueles que em ti confiaram. Se entregou voluntariamente à Paixão para destruir a morte, quebrar as cadeias do demônio, esmagar o poder do mal, iluminar os justos, estabelecer a Lei e trazer à luz a ressurreição. [Ele] tomou o pão e deu graças a ti, dizendo: 'Tomai e comei: isto é o meu Corpo que será destruído por vossa causa'. [Depois,] tomou igualmente o cálice e disse: 'isto é o meu sangue, que será derramado por vossa causa. Quando fizerdes isto, fá-lo-eis em minha memória'. Por isso, lembramos de sua morte e ressurreição e oferecemos-te o pão e o cálice, dando-te graças por nos considerardes dignos de estarmos na tua presença e de te servir. E pedimos: envie o teu Espírito Santo ao sacrifício da Santa Igreja, reunindo todos os fiéis que receberem a eucaristia num só rebanho, na plenitude do Espírito Santo, para fortalecer nossa fé na verdade. Concede que te louvemos e glorifiquemos, por teu Filho, Jesus Cristo, pelo qual te damos glória, poder e honra, ao Pai, ao Filho e com o Espírito Santo na tua Santa Igreja, agora e pelos séculos dos séculos. Amém".

6 - Exaltação de Maria: surge o termo "Mãe de Deus", cuja primeira aplicação ocorreu no concílio de Éfeso. >>>> ano 431

S. Tiago Menor:
"Fazemos memória de nossa Santíssima, Imaculada, e gloriosíssima Senhora Maria, Mãe de Deus e sempre Virgem". (realizou o esquema da liturgia da Santa Missa, prescreve, após ler uns passos do antigo e do novo testamento, e de umas orações)

Santo Irineu (130 — 202):
"A Virgem Maria... sendo obediente à sua palavra, recebeu do anjo a boa nova de que ela daria à luz Deus". (Contra as Heresias V, 19,1)

Santo Hipólito escreve em 220: "O Cristo foi concebido e tomou o seu crescimento de Maria, a Mãe de Deus toda pura".

"Dando uma pulada para o Séc XVI temos outras, mas a que o nosso amigo católico tanto fala é a que diz que a tradição tem a mesma autoridade que a Palavra de Deus, vejamos a sétima heresia..."

7 - Tradição: declarada de igual autoridade que a Bíblia pelo Concílio de Trento>>>> 1545 e por fim a oitava, já estou cansado de digitar...rsrs

"Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa." (2 Ts 2,15)

Santo Irineu (130 — 202):
"Com esta ordem e sucessão chegou, até nós, na Igreja, a tradição apostólica e apregação da verdade. Esta é a demonstração mais plena de que é idência a fé vivificante que, filmente, foi conservada e transmitida, na Igreja, desde os apóstolos até agora" (Contra heresias, III,3,4)

Tertuliano (155- 222):
"[Os Apóstolos] logo foram pelo mundo e pregaram a mesma doutrina da mesma fé às nações. Eles, portanto, de modo semelhante, andaram pelas igrejas em cada cidade, e dessas para todas as igrejas, uma após outra, e transmitiram a tradição da fé e as sementes da doutrina, e a cada dia as passavam adiante para constituírem igrejas. Certamente, é por causa disso somente que foram capazes elas próprias de se considerarem apostólicas, tendo sua origem nas igrejas apostólicas. Cada espécie de coisa deve necessariamente voltar às suas origens para sua adequação. Daí, as igrejas, embora sejam tantas e tão grandes, são ligadas a uma única igreja primitiva [fundada] pelos apóstolos, delas todas [fonte]. Dessa maneira todas são primitivas e todas apostólicas, enquanto são todas confirmadas por uma, [indissolúvel] unidade, por sua comunhão pacífica, por característica de irmandade e por laço de hospitalidade, privilégios que nenhuma outra norma determina senão que uma única tradição do mesmo mistério."  (Prescrição Contra os Hereges, 20).

São Cirilo de Jerusalém (315-386):
"Mas aprendendo a Fé e a professando, tenhais em mente e conservai aquilo somente que vos é agora transmitido pela Igreja e que foi estruturado fortemente nas Escrituras" (Leituras Catequéticas, 5,12).

8 - Livros apócrifos: acrescentados a Bíblia pelo Concílio de Trento>>> 1546.

Dizer isto é ignorar 6 concílios anteriores que confirmaram a canonicidade dos deuterocanônicos, são eles: Concílio de Roma (382), Concílio de Hipona I (393), Concílio de Cartago III (397), Cartago IV (417), Concílio de Nicéia II, ecumênico (787) e Concílio de Florença, ecumênico (1442)
Para um estudo mais completo sobre eles: http://www.digitusdei.com.br/2010/06/apocrifos-ou-canonicos.html

"Caro amigo católico, a história é única e todos os fatos são provados por documentos e relatos de historiadores da época, procure estudar mais a história secular e também a do verdadeiro cristianismo, o cristianismo bíblico. Fique na Santa e Gloriosa Paz do Senhor e Salvador Jesus Cristo."

Dada as apresentações que fiz das provas do Primado de Pedro e sucessão, faço minhas suas palavras.
Esta refutação foi uma das mais divertidas que fiz, devido seu desconhecimento completo da história que você mesmo manda estudar.

Sem mais,

Nelson Monteiro.

Notas:
[1]ii. 27 - Sales, St. Francis de, The Catholic Controverse, Tan Books and Publishers Inc., USA, 1989, pp. 280-282.

3 comentários:

Michelgaia disse...

Muito bom,muito bom mesmo...protestante é tudo igual,nao estudam história pq como fala: John Henry Newman, ministro ex-protestante convertido ao catolicismo:
“Aprofundar o conhecimento acerca da história é abdicar ao protestantismo”.

Eles nao estudam entao se colocam a deturpar a história com mentiras grosseiras como estas do protestante Carlos.
O próprio Lutero nos legou o relato dessa prática, anos antes de lançar-se em revolta aberta, dizia: “(...) os hereges não são bem acolhidos se não pintam a Igreja como má, falsa e mentirosa. Só eles querem passar por bons: a Igreja há de figurar como ruim em tudo.” (Franca, Leonel, S.J. A Igreja, a reforma e a civilização, Ed. Agir, 1952, 6ª ed. Pág. 200).



Uma vez protestante, ensinava Lutero: "Que mal pode causar se um homem diz uma boa e grossa mentira por uma causa meritória e para o bem da Igreja (luterana)." (Grisar, Hartmann, S.J., Martin Luther, His life & work, The Newman Press, 1960- pág 522).

Anônimo disse...

Tobias é um livro apócrifo... Ñ adianta referenciá-lo.

Nelson Monteiro disse...

@Anônimo É anônimo, e você é um bobo, feio e um cabeçudo desmiolado. Quer ser levado a sério? Apresente argumentos.

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