Quae est ista quae ascendit de deserto, deliciis affluens, innixa super Dilectum suum? Quem é esta que sobe do deserto cheia de delícias e apoiada em seu Amado?

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Resposta ao pastor Leonardo Gonçalves

O pastor Leonardo Gonçalves, criador do blog púlpito cristão, comentou em um artigo nosso sem esconder seu desdém estas poucas palavras: "Muito fraquinho seu post. Sinceramente." O artigo em questão é a resposta que dei ao pastor Renato Vargens sobre a co-redenção de Nossa Senhora.
Tenho como horrendo quando pessoas vêm comentar sobre os artigos sem a menor argumentação. É muito fácil fazer uma afirmação como a que fez o sr. Leonardo Gonçalves e sair de fininho. Pessoas como o pastor de poucas palavras demonstram além de serem negligentes, desrespeitosas aos autores.
Mas o que me faz criar este post não é suas duas pequenas frases e sim a exclusão que efetuaram a um comentário meu sobre um post, não de autoria, do próprio sr. Leonardo Gonçalves. O post tem como título: "Maria: Virgem, santa ou pecadora?" Pouco leal aos seus leitores, não aceitaram meu comentário sem mais e sem menos, visto que estava dentro da regras. No próprio blog escrevem de modo simulado o seguinte: "Este blog respeita opiniões divergentes[...]"
Diante disso crio hoje este post em resposta ao que foi excluso pelos blogueiros do Pulpito Cristão.
O artigo que refuto abaixo tem título, como já mencionei anteriormente, de "Maria: Virgem, santa ou pecadora." Está no seguinte link: http://www.pulpitocristao.com/2010/05/maria-virgem-santa-ou-pecadora.html De autoria do sr. Johnny T. Bernardo. Procurarei pegar somente os trechos que vão contra a fé católica. Em azul minhas respostas.

"Ao nascer, Maria não se distinguiu de nenhum ser humano; ela foi concebida em pecado e assim permaneceu até a sua morte. Ela não foi e não pode ser considerada divina, ou parte da santissima Trindade. É Jesus e não Maria quem intercede por nós diante do Pai. Amamos Maria, mas adoramos Jesus."

O autor parece tentar confundir os leitores, misturando politeísmo com a fé católica. O Catolicismo não considera Nossa Senhora como divina, nem parte da santíssima trindade, dar entender que sim é ser desonesto.
A Igreja Católica não diz que Maria é onisciente, onipresente, onipotente, criadora do universo, etc e etc. Atributos exclusivos de Deus.
Sobre a adoração, concordamos. Já até esmorecemos de tanto repetir para os protestantes, Maria deve ser honrada e só para Deus deve-se prestar adoração.
Agora, sobre a imaculada conceição já foi explicado no outro artigo o mesmo que o pastor Leonardo Gonçalves chamou de "fraquinho". Não me custa repetir e acrescentar. Lemos em Lucas:
"Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo." (Lucas 1,28)
A palavra que é traduzida como "cheia de graça" no original grego é "κεχαριτωμενη" que tem o significado inequivocadamente: ser que foi desde sempre, que é ainda agora, e que continua sendo cheia de graça, isto é Imaculada, sem pecado original. Os protestantes fazem deste termo sinônimo de outra palavra utilizada nas escrituras, χαριτοω, sendo que há uma diferença muito grande. O primeiro implica que o estado de graça de Nossa Senhora é pleno e permanente. O segunto que os estados são qualidade momentâneas seja em Ef 1:6 ou At 4:33.
A razão de Maria ser exceção entre os homens (sem falar em Cristo) é bem decretado por Pio IX:
"Deus, por um privilégio só a Ela concedido e, portanto, singular, em previsão dos méritos do Redentor, seu Filho, a Ela previamente aplicados, no primeiro instante de sua existência a preservou de incorrer na culpa original."

Como o autor utiliza a tradição (como verão mais adiante) também o farei:

"Fazemos memória de nossa Santíssima, Imaculada, e gloriosíssima Senhora Maria, Mãe de Deus e sempre Virgem". (S. Tiago Menor  o qual realizou o esquema da liturgia da Santa Missa, prescreve, após ler uns passos do antigo e do novo testamento, e de umas orações)

"Alegrai-vos, Rainha, verdadeiramente Imaculada, alegrai-vos, glória de nossos pais[...] Pelas preces e a intercessão que faz em nosso favor Nossa Senhora, a Santa e Imaculada Virgem Maria.". (Na Liturgia dos etíopes, de autor desconhecido, mas cuja composição data do primeiro século)

"Tendo sido o primeiro homem formado de uma terra imaculada, era necessário que o homem perfeito nascesse de uma Virgem igualmente imaculada, para que o Filho de Deus, que antes formara o homem, reparasse a vida eterna que os homens tinham perdido" (Santo André, apóstolo, expondo a doutrina cristã ao procônsul Egeu, passagem que figura nas atas do martírio do mesmo santo, e data do primeiro século - Cartas dos Padres de Acaia).

"Como o Salvador do mundo tinha decretado salvar o gênero humano, nasceu da Imaculada Virgem Maria". (Santo Hipólito escreve em 220)

"Não concedemos Maria ao pecado pela condição de seu nascimento, mas que  a condição do nascimento foi eliminada pela graça da regeneração" (Santo Agostinho - C. Iul. O. i. 4,122).

"Exceção feita à Santa Virgem Maria, a qual, pela honra devida ao Senhor, não tolero absolutamente que se mencione quando se fala de pecado..." (Santo Agostinho - De nat. et. gr. 36,42).

"Vinde, pois, e descubri vossas ovelhas, não através de vossos servos ou empregados, mas fazei por vós mesmos. Erguei-me corporalmente e na carne, a qual decaiu por Adão. Erguei-me não por Sara, mas por Maria, a Virgem não apenas incorrupta como a Virgem a quem a graça tornou intacta, livre de qualquer mancha do pecado" (Ambrósio (340-397) - Comentário ao Salmo 118,22-30).

"Epifânio, um grande apologista cristão do século IV, fez a seguinte observação:


"Não se deve honrar os santos mais do que é justo, mas deve-se honrar o Senhor dos santos. Maria, de fato, não é Deus nem recebeu seu corpo do céu, mas de uma concepção de um homem e uma mulher. Ela é digna de muita honra mas não foi dada para adoração, antes, adora aquele que nasceu de sua carne. Honre-se Maria, mas adore-se o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Ninguém adore Maria"."

Aqui está a utilização que me referi noutro momento. É interessante notar que quando lhes é util não se sentem culpados em pegar textos patrísticos. Mas este trecho do santo é contrário do que diz a fé católica? Não somos nós repetidas vezes que dizemos aos protestantes que nós honramos Maria e adoramos só a Deus?

Abaixo frases do mesmo grande apologista (chamado de grande também pelo autor que estou replicando), veremos se quis em algum modo desmerecer Maria:

"E se ela não fosse verdadeiramente sua mãe, aquela de quem recebera a carne, e que o dera à luz, não se preocuparia tanto em recomendá-la como a sempre Virgem. Sendo sua Mãe, não admitia mancha alguma na sua honra e no admirável vaso de seu corpo.
Mas prossegue o Evangelho: "e a partir daquele momento, o discípulo a levou consigo".
Ora, se ela tivesse esposo, casa e filhos, iria para o que era seu, não para o alheio."

"Se alguém julgar que estamos laborando em erro, pode consultar a Sagrada Escritura, onde não achará a morte de Maria, nem se foi morta ou não, se foi sepultada ou não."

"Quem ousaria, em furor de loucura, impor esse opróbrio à santa Virgem, erguendo contra ela a voz, abrindo a boca para uma afirmação assim nefanda, ao invés de lhe entoar louvores? quem iria desonrar assim o Vaso digno de toda honra?"

"Mas na verdade é de Maria que deriva a verdadeira vida para o mundo, é ela que dá à luz o Vivente, ela a Mãe dos viventes. Portanto, o título de "mãe dos viventes" queria indicar, na sombra e na figura, Maria."

"É um erro pensar que Maria permaneceu virgem por toda a vida, uma vez que o relato de Mateus parece não deixar dúvida.
"E José, despertando do sono, fez como o anjo lhe ordenara e recebeu sua mulher, e não a conheceu até que deu à luz seu Filho, o primogênito..." (Mt. 1.24)
Essa passagem declara que, depois do nascimento de Jesus, José e Maria tiveram uma vida conjugal normal como qualquer outro casal. Mateus é incisivo em dizer que "José não a conheceu até que...", uma vez que tanto a palavra "conheceu" como a preposição "até", possuem um mesmo sentido no texto. Primeiro, sempre que a Bíblia emprega o termo "conheceu", ele está associado a uma relação sexual. É o que encontramos em Gêneses 4.1. "E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu e deu à luz a Caim..". Segundo, sabemos pelos evangelhos que Maria teve outros filhos além de Jesus."

Guiando-se somente pelo relato de Matheus parece que só não ficará em dúvidas aqueles que não estudam sobre as escrituras. Para quem a conhece saberia do semitismo muitas vezes empregado, como é o caso.

Em Mt 1,24-24 o "até que" toma sentido de “sem que” no hebrismo, isto também serve para só a palavra "até". Então ele é um reforço do dito que aquilo não ocorrera no momento em que se está se tratando. Na linguaguem bíblica refere-se apenas ao passado da fala e não de um futuro que venha acontecer. E por que Matheus escreveu daquele jeito? Para mostrar cumprida a profecia em Isaías 7,14

Exemplos:                                                                                                         
"Micol, filha de Saul, não teve filhos até ao dia de sua morte" (II Sam 6, 23) Será que aqui está dizendo que ela teve depois da morte?

"Não te abandonarei, enquanto não se cumprir tudo o que disse" (Gen 28, 15). Estava dizendo que abandonaria depois?

"Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28, 20). Será que depois da consumação dos séculos Jesus não estará conosco?

"Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua Mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs?"
Esse texto é enfático em afirmar que Maria teve outros filhos além de Jesus, pondo por terra a teoria católica da virgindade perpétua. É fácil de perceber pelo texto que Mateus se refere mesmo a família de Jesus, porque faz referência aos pais do mestre. Logo, seria de se imaginar que os "irmãos de Jesus" eram mesmo irmãos de carne, e não "primos", como o catolicismo quer provar."

Como se botasse em xeque-mate o dogma, o autor demonstrando desconhecimento escreve aquele sempre lembrado versículo que falam dos supostos irmãos de Jesus.
O que a passagem é enfática em mostrar é que Jesus teve "irmãos" e se lembrarmos que no hebraico e aramaico a palavra irmão serve para designar também: primo, tio, membro de mesma clã, parentes em geral, não poderemos deduzir que mostra necessariamente que Maria teve outros filhos, devido ao semitismo nos livros do NT.
Transcreverei trechos de outro artigo meu sobre a virgindade de Maria:
"Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua Mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs?"
Talvez alguém venha com a resposta mas o NT foi escrito em grego que tem palavra própria para primo.
É verdade o NT foi escrito em grego com exceção de Matheus. No entanto sua escrita teve influência semita. Os escritores apesar de conhecerem o grego, escreveram sob a cultura judaica, preservando o sabor semítico nos textos, ou seja, escreveram tendo em mente palavras hebraicas.
"Ocorre que os escritores sagrados quiseram preservar o sabor semítico da palavra aramaica "ah" ("irmão" para qualquer grau de parentesco próximo) ao fazer a tradução para o grego. A expressão semita "irmãos do Senhor" já era muito usual entre os cristãos (como demonstra as várias inserções no NT) e os apóstolos quiseram preservá-la, pois "ah" é diretamente traduzido para o grego por "ADELPHOS".
Maria Santíssima tinha uma irmã ou prima chamada Maria de Cléofas (Alfeu) (Jo 19,25). Maria de Cleofas a mulher de Alfeu era Mãe de Thiago, José, Judas e Simão (Lc 6,15-16; Mt 10,3; Mateus, 27-56; não encontramos na Bíblia que Simão era filho de Maria de Cléofas e de Alfeu, mas o historiador Hegezipo (sec. II), informa que ele é filho de Cléofas, esposo de Maria, irmã da Mãe de Jesus (João 19,25)
Outra prova que encontramos que todo nosso argumento é correto está em Gálatas 1,19 que diz: "Dos outros apóstolos não vi mais nenhum, a não ser Tiago, irmão do Senhor." Dos apóstolos havia 2 Thiago um filho de Zebedeu e outro de Alfeu, então o irmão foi aplicado a Thiago filho de Alfeu primo de Jesus. (conf Atos 1,13).
E ainda Jesus é dito como “o filho de Maria” (Marc. 6, 3) e não “um dos filhos”
Os diversos exemplos poderá ser encontrado no link abaixo:
E por que seria de se imaginar serem irmãos realmente? Os primos de Cristo não fazem parte da família do mesmo?

É um erro pensar que Maria foi concebida sem pecado, uma vez que a Bíblia é taxativa ao dizer: "Em iniquidade foi formado, e em pecado me concebeu minha mãe" (Sl. 51.5). Embora tais palavras tenham sido proferidas por Davi, elas se aplicam a todos os seres humanos. É o que Paulo tinha em mente quando disse: "pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm. 3.23). O pecado trouxe separação entre o homem e Deus, fazendo com que todos nascessem na iniquidade.

Se tomarmos estas duas passagens como absolutas seria contraditório Jesus ser imaculado, visto que também foi/é homem. Ora, Jesus Cristo é imaculado e Maria foi feita por Deus imaculada por em seu ventre haver de estar Ele próprio.

"Com exceção de Jesus, todos os que vieram após Adão possuem a semente do pecado. Ele faz parte da natureza humana, sendo removido somente pelo sangue de Jesus. Mesmo assim, para ser redimido, o homem precisa ter um encontro com Deus. A salvação é recebida de graça, mediante a fé em Cristo. Isto é, ela resulta da graça de Deus (Jo. 1.16) e da resposta humana da fé (At. 16.31). Maria, como qualquer outra pessoa, não poderia fugir à regra. Ela não poderia alcançar a salvação por si só - ela necessitava da graça de Deus (Lc. 1.29)."

Já mostrei anteriormente que Maria foi sim imaculada. Ela é a outra exceção da regra que todos que nasceram após Adão possuiriam o pecado original. Deus tem o poder sobre a natureza que criou.
Ninguém aqui diz que ela alcançou a salvação sozinha, se auto-salvou. Dizemos sim, que foi salva por Cristo, mas de maneira especial e antecipada em razão já explicada.
Termino com trechos do herege Lutero, pai do protestantismo que hoje protesta contra Maria:
“É cheia de graça, proclamada para ser inteiramente sem pecado, algo tremendamente grande. Para que fosse cheia pela graça de Deus com tudo de bom e para fazê-la vitoriosa sobre o diabo.” (Martinho Lutero, Livro Pessoal de Oração, 1522)
“É uma doce e piedosa crença esta que diz que a alma de Maria não possuía pecado original; esta de que, quando ela recebeu sua alma, ela também foi purificada do pecado original e adornada com os dons de Deus, recebendo de Deus uma alma pura. Assim, desde o primeiro momento de sua vida, ela estava livre de todo pecado” (Lutero, Sermão sobre o Dia da Conceição da Mãe de Deus de 1527)

Nelson Monteiro Sarmento.

10 comentários:

Johnny Bernardo disse...

Meu querido, o artigo em questão "Maria: virgem, santa ou pecado" não é de autoria de Leornardo Gonçalves. Sou o autor do referido artigo. Veja no link - http://www.pulpitocristao.com/2010/05/maria-virgem-santa-ou-pecadora.html

Lá se lê no começo do artigo - por Johnny T. Bernardo

Sou diretor do INPR Brasil (Instituto de Pesquisas Religiosas) e escrevi esse artigo há mais de um ano e foi aproveitado pelo nosso amigo Leonardo.

Leia com mais atenção antes de apontar o dedo para a pessoa indevida.

Maria somente permaneceu virgem "até" o nascimento de Jesus. Após o nascimento, ela teve uma vida conjugal normal como qualquer outro casal. Teve, além de Jesus, mais filhos e filhas.

Visite a nossa página e aprenda alguma coisa que seja útil - http://novoinprbrasil.blogspot.com/


Em breve publicarei uma resposta ao seu contra-artigo

Nelson Monteiro disse...

Tem certeza que sou eu que devo ler com mais atenção?

"Mas o que me faz criar este post não é suas duas pequenas frases e sim a exclusão que efetuaram a um comentário meu sobre um post, NÃO DE AUTORIA, do próprio sr. Leonardo Gonçalves."

"O artigo que refuto abaixo tem título, como já mencionei anteriormente, de "Maria: Virgem, santa ou pecadora." Está no seguinte link: http://www.pulpitocristao.com/2010/05/maria-virgem-santa-ou-pecadora.html DE AUTORIA DO SR. Johnny T. Bernardo."

"...e não presta atenção à trave que está no seu próprio olho?" (Mt 7, 3)

Nelson Monteiro disse...

Continuou virgem após o nascimento de Cristo. E isto foi fé professada desde o início do cristianismo.

Johnny Bernardo disse...

Posso até ter me equivocado quanto a autoria do texto, mas se vc organizasse melhor os seus textos não ocorreria erros assim. Dividir o texto em parágrafos sempre é bom para evitar mau entendimento do texto.

De qualquer forma, no título do referido artigo - que faz crer ser uma resposta ao nosso artigo sobre Maria - diz ser uma resposta ao "pastor Lernardo", quando a autoria e a responsabilidade acadêmica e jurídica é exclusivamente nossa.

Cheguei ao referido artigo por indicação de um amigo, mas até então não havia parado para analisar os pormenores. Agora, livre das obrigações semanais, dedicarei o final de semana para a sua análise e posterior resposta.

A primeira coisa que posso dizer a respeito da fé que vc aparentemente quer "defender", é que a sua igreja está imersa em escândalos de pedofilia, assassinato e conspirações por toda a História da humanidade. Nenhuma outra religião do mundo cometeu tantas atrocidades contra o mundo, como a Igreja Católica Apostólica Romana.

Lembre-se dos mais de 50 mil espanhóis assassinados brutalmente pelos exércitos católicos, dos massacres na Abissínia, das intervenções na Iugoslávia,Vietnã, da segunda guerra mundial etc. Que dizer ainda da inquisição, das cruzadas do apoio irrestrito ao nazismo e fascismo?

Dado o exposto, que credibilidade teria uma igreja que abandonou os princípios rudimentares do Evangelho e se embrenhou pelo submundo do paganismo, absolvendo costumes e doutrinas diversas? O culto é uma dessas práticas pagãs que adentrou às portas de Roma.

Nelson Monteiro disse...

A forma que organizo meus textos só diz respeito a mim e meus leitores (note: quem realmente os lê). Se o sr. tivesse lido meu post não teria se equivocado. Agora não irei ficar discutindo questões surpéfluas como esta.
A resposta ao pastor Leonardo está na primeira parte do post. A resposta foi em relação duas pequenas frases do referido.
Então o título em si cabe a primeira parte do labor. Não sei se o sr. checou seus emails, mas também mandei o link diretamente em seu blog, onde eu avizava que estava refutando um artigo do sr.
Repito: estarei esperando sua resposta.
A primeira coisa que vens me dizer, é tudo falta de conhecimento. Estão 2% de todo o clero envolvidos em casos de pedofilia, seria essa a imersão? Também há pastores pedófilos. Há pastores ladrões. Devo generalizar? Em qualquer grupo há bons e maus elementos.
O sr. diz: "Nenhuma outra religião do mundo cometeu tantas atrocidades contra o mundo, como a Igreja Católica Apostólica Romana. " Em primeiro lugar, a Igreja Católica é Santa e não comete atrocidades. Quem poderia cometê-las seriam seus membros. Agora se sua afirmação cabe aos membros, devias mostrar dados, senão não passa de uma afirmação vazia.
É interessante notar que o sr. pula para assuntos que nada contrariam a Doutrina Católica.
Replico todas as questões apresentadas, mas antes posso pagar com a mesma moeda. Abaixo atrocidades do protestantismo (o que não prova que quaisquer doutrinas estão erradas):
1. Como afirma o historiador Orlando Fedeli, quem proporcionalmente não em números absolutos matou mais que a Revolução Francesa, foi Calvino, em Genebra.
2. Soldados protestantes de Carlos V invadiram e saquearam Roma, em 1527. Cerca de quarenta mil homens espalharam na cidade o terror e violência.
Como disse Maurice Andrieaux, esse ataque à Roma "superou em atrocidades todas as tragédias da história", até mesmo a destruição de Jerusalém e a tomada de Constantinopla
3. Os protestantes apoiaram as leis da Revolução Francesa contra a Igreja Católica que levaram muitos católicos a morte na guilhotina e muitos outros meios perversos.
4. A oposição de Lutero contyra os Anabatistas, casou a morte de milhares de pessoas.
5. O protestanteTeodoro Bessa, em 1554, pediu uso de força pública contra os católicos.
6. Em 1559, Jhon Knox decretou que todo e qualquer protestante tem o direito e dever de perseguir os católicos.
7. A reforma Calvinista incentivou os holandeses na sua luta contra a Espanha e os escoceses na sua luta contra seus próprios monarcas, os Stuarts, e também contra os ingleses.
8. Calvino mandou a fogueira o grande sabio, o médico Michel Servet.
9. Na Francônia, em pouco tempo, duzentos e noventa e cinco castelos e mosteiros foram vítimas dos incêndios e da rapina, pelos camponeses reformistas.
10 João Calvino transformou Genebra numa oligarquia religiosa, proibiu os moradores de praticar certos hábitos como dançar, jogar, ir ao teatro etc.
11. Em 1525 Thomas Munzer pregava uma luta a ferro e fogo contra o clero católico, camponeses começaram a saquear e a incendiar os mosteiros e castelos, e até a assassinar alguns de seus adversários.
12. Lutero sobre os judeus: “Queime suas sinagogas. Negue a eles o que disse anteriormente. Force-os a trabalhar e trate-os com toda sorte de severidade … são inúteis, devemos tratá-los como cachorros loucos, para não sermos parceiros em suas blasfêmias e vícios, e para que não recebamos a ira de Deus sobre nós. Eu estou fazendo a minha parte.”
É por isso que o nazista ulius Streicher argumentou durante sua defesa que nunca havia dito nada sobre os judeus que Martinho Lutero não tivesse dito 400 anos antes”. (Dennis Prager e Joseph Telushkin: Why the Jews? The reason for anti-Semitism [Por que os Judeus: A causa do anti-semitismo] (Nova York: Simon & Shuster, 1983), p. 107.)

Nelson Monteiro disse...

Agora, sobre suas acusações:

"50 mil espanhóis assassinados"

Se não estou engando o sr. deve estar se refrindo a Inquisição Espanhola. Na verdade, caro escritor, os reis da Espanha tomaram conta do Tribunal Inquisitório, usando-o para combater os opositores do absolutismo. A Igreja não tomou conta dessa Inquisição e sim o Estado. A Igreja até criticava os abusos cometidos por essa instituição.
Por interesses de soberados essa Inquisição foi desvirtuando-se, cada vez mais. É bom lembrar que conforme o edito essa inquisição se estenderia a cristão batizados, não a judeus que jamais tivessem pertencido a Igreja.
O números apresentados parecem não serem veros. Segundo o historiador Agostino Borromeu, constatou que dos 125.000 processos de sua história, a Inquisição espanhola condenou à morte 59 pessoas, longe do aval do Papa. Ou seja, condenou-se apenas 1,8% e destes, 1,7% eram bonecos queimados em lugar dos ausentes. Os tribunais eclesiásticos foram muito mais indulgentes, que os civis e protestantes que mataram 25.000 só na Alemanha, sendo o matador recordista o luterano Benedict Carpzov que matou 20.000 mulheres, Fontes: (Agência Zenit, Sunday, June 20, 2004 1:17 PM), (Benedict Carpzov, Practica Nova Rer. Criminalium Imperialis Saxonica in 3 Partes Div., Wittenberg, 1635.).

"dos massacres na Abissínia"

Pela Itália fascista? Onde entra a Igreja Católica nisso? Espero que não me venhas com o estúpido raciocínio que o Vaticano fica na Itália.

"das intervenções na Iugoslávia,Vietnã, da segunda guerra mundial etc."

A primeira e a terceira informações carecem de fundamentos científicos. Sobre a "intervenção" da Igreja seria em propagar que o regime comunista é contra os direitos naturais?
Como sabemos no Vitnã, em 30 de abril de 1975, teve sérias conseqüências: fechamento dos seminários e noviciados; as escolas católicas foram confiscadas; presos os coadjutores de Saigon, expulsão do Delegado Apostólico, ingerência e rígido controle das autoridades governamentais nas nomeações dos bispos e nas ordenações sacerdotais.

"Que dizer ainda da inquisição, das cruzadas do apoio irrestrito ao nazismo e fascismo?"

Começo pelo fim: não houve apoio ao nazismo, o Papa Pio XI o condenou várias vezes (ex:em "Mit brennender Sorge") e também seu sucessor.
Sobre a inquisição e as cruzadas, tiveram causas justas.
Constate em Num 25, 1-9; Jos 6,16-21; At 5: 1-10 que existem penas e guerras justas.

"que credibilidade teria uma igreja que abandonou os princípios rudimentares do Evangelho e se embrenhou pelo submundo do paganismo, absolvendo costumes e doutrinas diversas?"

Isso é totalmente falso. Leia as obras dos pais da Igreja que verá que a fé é idêntica. Muitos costumes pagãos foram santificados pela Igreja Católica, um exemplo disso é a comemoração de aniversários, outro é dia 25 de dezembro onde se celebraria o nascimento de Cristo em lugar de o Natalis Solis Invicti. Elementos incorporados que não alteram a essência Cristã.

Nelson Monteiro disse...

nazifascismo***

Anônimo disse...

"Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens,com o fim de serdes vistos por eles;
doutra sorte,não teris galardão junto de vosso pai celeste."

Anônimo disse...

meus irmãos,vejo em seus confrontos de entendimento uma ânsia de defender,melhor a aquele que nos criou:O DEUS TODO PODEROSO!!!!
PARABÉNS PELOS ESCLARECIMENTOS QUE ADQUIRI!

POR FAVOR! ME ESCLAREÇAM:POR QUE PEDRO FOI O ESCOLHIDO PARA SER REPRESENTANTE DA IGREJA DE DEUS? SE ELE COMETEU DIVERSOS FRACASSOS EM RELAÇÃO AO ASSUMIR SE DISCÍPULO DE JESUS?

Nelson Monteiro disse...

Caro, sua resposta está neste link:
http://www.digitusdei.com.br/2012/06/por-que-o-pobre-principe-dos-apostolos.html

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