Quae est ista quae ascendit de deserto, deliciis affluens, innixa super Dilectum suum? Quem é esta que sobe do deserto cheia de delícias e apoiada em seu Amado?

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Por que o pobre príncipe dos Apóstolos foi o escolhido?





PERGUNTA (anônimo):


Meus irmãos,vejo em seus confrontos de entendimento uma ânsia de defender,melhor a aquele que nos criou:O DEUS TODO PODEROSO!!!!
PARABÉNS PELOS ESCLARECIMENTOS QUE ADQUIRI! 

POR FAVOR! ME ESCLAREÇAM:POR QUE PEDRO FOI O ESCOLHIDO PARA SER REPRESENTANTE DA IGREJA DE DEUS? SE ELE COMETEU DIVERSOS FRACASSOS EM RELAÇÃO AO ASSUMIR SE DISCÍPULO DE JESUS? 



RESPOSTA:



Meu caro, por que o espanto? De certo, Deus não "escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes" (1 Cor 1,26)? Além disso, não está escrito que Deus "não vê como vê o homem" (1 Sm 16, 7)? Sua questão parece colocar que São Pedro não era digno de receber tão grande ministério. E é verdade, ninguém o seria. Veja que na própria confissão Jesus deixa claro que não foi a carne que a ele revelou, "mas o Pai, que estás no Céu" (Mt 16,17). Compreenda, foi a pura graça divina, sem ela não somos capazes de absolutamente nada. Logo, se São Pedro mereceu ouvir que sobre ele a Igreja seria edificada é porque Deus o fez merecer. E este merecimento se deu mediante a fé firme que São Pedro tinha, apesar de tudo, como nos ensinaram os Pais da Igreja. Indagações seguintes como: Por que ele? Por que não este ou aquele? Por que uns parecem receber mais graças do  que outros? São questões que até os grandes doutores da Igreja chamariam de tolas. Não cabe a nós a compreensão da Providência divina, por que age assim ou 'deixa' de agir...


Finalizo com um trecho de São Francisco de Sales:


“Vede, rogo-vos, Teótimo, o pobre príncipe dos Apóstolos todo entorpecido no seu pecado na triste noite da paixão do seu mestre; ele nem sequer pensava em se arrepender do seu pecado, como se nunca houvesse conhecido seu divino Salvador; e, qual mesquinho ápode jacente em terra, nunca se teria levantado se o galo, como instrumento da divina Providência, não tivesse batido com seu canto aos ouvidos dele, ao mesmo tempo que o doce Redentor, deitando um olhar salutar como uma seta de amor, transpassou aquele coração de pedra, que depois verteu tantas águas, à guisa da antiga pedra quando foi ferida por Moisés no deserto. Mas vede de novo esse apóstolo sagrado dormindo na prisão de Herodes, ligado por duas cadeiras: ele lá está na qualidade de mártir e todavia representa o pobre homem que dorme em meio ao pecado, prisioneiro e  escravo de Satanás. Ai! Quem o libertará? O anjo desce do céu e, batendo no flanco do grande São Pedro prisioneiro, acorda-o, dizendo: Eia, levanta-te (At 12,7), e a inspiração vem do céu como um anjo, a qual batendo direito no coração do pobre pecador, excita-o a fim de que se levante da sua iniquidade. (...) Nós estamos despertos, mas não fomos despertados por nós mesmos, foi a inspiração que nos despertou, e, para nos despertar, nos abalou e sacudiu.” (Tratado do Amor de Deus, Livro 2, cap. IX)


Viva o Papa!,


Nelson Monteiro.

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