Quae est ista quae ascendit de deserto, deliciis affluens, innixa super Dilectum suum? Quem é esta que sobe do deserto cheia de delícias e apoiada em seu Amado?

segunda-feira, 21 de março de 2011

A "vaquinha" divina: Grandes Igrejas, milionários negócios

 Trago-vos mais um capítulo da história do "Pastor José", algumas pessoas disseram que gostaram dos contos e perguntaram porque decidi escrevê-los. Respondo de uma forma bem resumida que, estou buscando uma forma de fazer apologética que chegue aos jovens que não são envolvidos com o estudo da Igreja.

Para quem está tendo o primeiro contato com a vida do personagem "Pastor José" recomendo que leiam os primeiros textos:








A "Vaquinha" divina: Grandes Igrejas, milionários negócios

Por Jefferson Nóbrega

Lembra-se da algazarra que relatei no “Vizinhança do Barulho”? Tenho que vos dizer que as redondezas voltaram a ter paz, graças a Deus está tudo tranquilo, já posso até ouvir o cantar dos grilos que tinham fugido por se sentirem ameaçados pelos gritos de “manda fogo senhor”. Agora as pessoas podem sonhar sem terem pesadelos com exorcismos, e o único grito em coro de aleluia que se ouviu nesses dias, foi o da família Cardoso ao ver o Fluminense ser o campeão brasileiro de 2010, que também entoaram o único canto religioso ao cantarem “A benção João de Deus”, o tradicional grito da torcida tricolor. E diferente do “Zaqueu” o “João” não foi incomodo para ninguém, a não ser é claro, para os flamenguistas doentes que moram ao lado.

O que aconteceu com a Igreja do pastor José que ficava na rua?

Depois de muita briga os humildes membros da congregação arrecadaram dinheiro e compraram um lugar próprio em uma área não residencial. O dinheiro dos pobrezinhos só foi o suficiente para comprar o prédio de um antigo cinema... Isso mesmo! A “vaquinha” foi suficiente para comprar e transformar um antigo cinema da cidade no novo lar do “Povo Eleito de Deus”. Agora a coisa prosperou!

Acho que vou adotar a política dos 10% na minha família, quem sabe assim nós possamos sair do aluguel.

A pequena igrejinha que funcionava no quintal do velho José, agora é um templo no estilo das maiores igrejas do país, com direito a foto do Senhor José e sua esposa no outdoor em frente ao local de culto, e a máquina de cartão para o dízimo.

Um dia perguntei a ele sobre o que pensa dos Católicos, ele respondeu de forma objetiva, dizendo que éramos um bando de idólatras, enquanto ligava sua Hilux, da qual ele não deixa nem as crianças entrarem para não sujar o banco. Quem é mesmo idólatra pastor? Pensei comigo.

A palavra chave da sua vida tornou-se prosperidade, e eu ignorante, pensava que “os pobres herdariam o reino” .

Fico lembrando do pequeno grupo do “povo eleito de Deus” que ficavam em uma apertada garagem, agora simplesmente lotam o novo templo. E cada vez mais multidões são arrebanhadas, com promessas de realizações pessoais, financeiras, libertações e curas.

E assim o pastor José apresenta a todos um “Deus de gaveta”, um “Gênio Mágico” pronto para nos encher de recompensas materiais, quando na verdade deveríamos vender tudo para comprar aquela pérola preciosa.

Da última vez que falei com o pastor José, ele disse que estava pensando em comprar uma emissora de rádio, seria o primeiro investimento para um dia chegar a ter um canal de TV próprio. É só mais um pequeno passo na carreira do profissional pastor, que descobriu que “pastorear um rebanho” é um ótimo investimento empresarial.

Quem foi mesmo que disse que não se pode servir a Deus e ao dinheiro? Ele até já esqueceu.

E os Católicos são os idólatras...

Por Jefferson Nóbrega

1 comentários:

Unknown disse...

O novo Dízimo (vídeo)
http://www.youtube.com/watch?v=eISCAYvsJN0

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