Quae est ista quae ascendit de deserto, deliciis affluens, innixa super Dilectum suum? Quem é esta que sobe do deserto cheia de delícias e apoiada em seu Amado?

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

É preciso aceitar o Vaticano II para ser católico?

NOTA: Um leitor que pediu para não ser identificado nos mandou a carta que vai abaixo – em vermelho – intercalada pelas nossas respostas – em preto e azul. Como o Nelson me delegou a tarefa de responder a carta, estou dando uma pausa nos artigos sobre a Crise da Igreja para responder ao leitor. Peço desculpas a este leitor pela imensa demora em responder, mas ele compreenderá que este é um apostolado tocado por leigos que têm muitas outras atividades para lhes ocupar.
Não posso apioar um blog, ou melhor, um site, que não está com a Santa Igreja Católica Apostólica Romana.
Prezado Leitor, Laudetur Dominus!

Não é um tradicionalista que responderá sua carta, e sim eu – o único membro neo-conservador do apostolado. Portanto, já tiramos do caminho uma série pressupostos que poderiam estar condicionando minha opinião.

Logo no começo da sua carta você comete dois erros que talvez nem você tenha notado que cometeu. Você acusa o Apostolado Digitus Dei de “não estar com a Igreja Católica”, e seu julgamento está tão somente baseado no fato de que “não aceitamos o Concílio Vaticano II”, coisa que você não diz de cara, mas que fica evidente quando você conclui a sua carta dizendo para “aceitarmos o concílio e nos tornarmos católicos”.

O primeiro erro que você comete – gravíssimo por sinal! – é identificar a Igreja Católica com o Concílio Vaticano II, pois aceitar o concílio seria fazer parte da Igreja. Ora, a Igreja é muitíssimo maior do que o Concílio Vaticano II. Talvez você nem tenha reparado que você fez essa identificação. Mas é o que se depreende necessariamente do seu apelo. Estou te alertando de maneira especial contra este erro pois existe de verdade uma corrente dentro da Igreja que defende que o Vaticano II seria a origem de uma nova Igreja, melhor do que a antiga. Este grupo é o grupo de modernistas radicais que defende o chamado “[mal] espírito do Vaticano II”. Portanto, esta história de ter que aceitar o CVII pra ser católico já começa muito errada.

O segundo erro que você comete, mais por falta de atenção ou por desconhecimento de todos os nossos artigos, é achar que nós rejeitamos o Concílio Vaticano II em bloco, todo ele inteiro, sem nenhuma ressalva. Ora, você não vai encontrar em nenhum dos nossos artigos a rejeição absoluta do concílio inteiro, e é aí que seu protesto enérgico contra este “apostolado cismático” cai vergonhosamente por terra. A verdade é que todos nós do Digitus Dei temos sim nossas críticas ao Concílio Vaticano II. Mas nossa crítica é pontual (embora uns tenham mais pontos a criticar do que outros, e é por isso que eu acabo sendo o único membro neo-conservador). Por que não basta estarem os bispos reunidos com o papa para que seja magistério autêntico. Existem outras condições que devem ser atendidas, como a continuidade clara da doutrina ensinada desde sempre pela Igreja e contida em sua Sagrada Tradição. E é aí que começam as críticas porque várias mudanças doutrinais forma feitas no concílio. Se essas mudanças afetam a essência do dogma ou são apenas atualização da linguagem é algo que ainda se discute, mas é inegável que várias mudanças foram perpetradas pelo CVII. E nossas críticas partem do exame atento das contradições – aparentes ou reais – entre a letra do concílio e os textos do magistério anterior.

Um exemplo bem simples disto que eu estou falando é o seguinte: até o Vaticano II, a Igreja ensinava que os protestantes não estavam em comunhão com a Igreja. Com o Vaticano II e a Unitatis Redintegratio, eles passaram a estar “em certa comunhão, embora imperfeita”. Seja honesto: houve ou não houve uma mudança?
Diz o Catecismo Maior de São Pio X que: "Sim, somos obrigados a fazer tudo o que a Igreja manda [...] Não [...] a Igreja não pode enganar-Se, porque, segundo a promessa de Jesus Cristo, é sempre assistida pelo Espírito Santo. Sim, a Igreja Católica é infalível. Por isso aqueles que rejeitam as suas definições perdem a fé, e tornam-se hereges.".

A sua citação do Catecismo de São Pio X é inapropriada, pois – como eu já expliquei – o Vaticano II não é a Igreja: a Igreja é muito maior do que ele! Então a Igreja não pode se enganar, mas alguns textos do Vaticano II podem!
E não adianta dizer que isso não vale ao Concílio Vaticano II, pois: "Não assentimento de fé, mas religioso obséquio de inteligência e vontade deve ser prestado à doutrina que o Sumo Pontífice ou o Colégio dos Bispos, ao exercerem o magistério autêntico, enunciam sobre a fé e os costumes, mesmo quando não tenham a intenção de proclamá-la por ato definitivo; portanto os fiéis procurem evitar tudo o que não esteja de acordo com ela. (CDC cân. 752) (grifos meus). E isso quem diz não sou eu, mas o Código de Direito Canônico.

A citação acima, do Código de Direito Canônico se aplica a situações normais, nas quais o que está em disputa não é a autenticidade do Magistério da Igreja. Nocaso do Vaticano II, é exatamente isto que está em disputa, não sendo essa uma situação coberta pelo CDC. O elemento que reforça este argumento é a existência do Sensus Fidei, que alerta os fiéis quando algo parece estar fora de compasso. E o sensus fidei de muita gente que estava condicionado pelos documentos da Tradição perene da Igreja soou o alarme quando as mudanças às quais eu me referia anteriormente foram apresentadas.
Aliás, veja o que disse Pio XII: "Nem se deve crer que os ensinamentos das encíclicas não exijam, por si, assentimento, sob alegação de que os Sumos Pontífices não exercem nelas o supremo poder de seu magistério. Entretanto, tais ensinamentos provêm do magistério ordinário, para o qual valem também aquelas palavras: ‘Quem vos ouve a mim ouve’ (Lc 10,16); e, na maioria das vezes, o que é proposto e inculcado nas encíclicas, já por outras razões pertence ao patrimônio da doutrina católica. E, se os Romanos Pontífices em suas constituições pronunciam de caso pensado uma sentença em matéria controvertida, é evidente que, segundo a intenção e vontade dos mesmos pontífices, essa questão já não pode ser tida como objeto de livre discussão entre os teólogos” (SS. PAPA PIO XII, Enc. Humani Generis, n.22).

Quanto ao que Pio XII ensinou, como lembrou muito bem o Nelson em carta enviada a mim comentando a sua mensagem:
No Magistério Ordinário pode haver erro, e sendo que a Igreja não pode enganar-se, que é infalível, logo os enganos do Magistério Ordinário não fazem enganos da Igreja. E sua tese nem vai de encontro com a história da Igreja visto que houve concílios com erros condenados na Igreja. O Magistério Ordinário só é infalível se repetir o que a Igreja Infalível sempre ensinou o que não foi o caso do Concílio Vaticano II.

Prossegue o leitor:
Compreenda que devemos ouvir e aceitar também o Magistério Ordinário da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, como filhos devotos do Santo Padre. Aliás, saiba que Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II e Bento XVI aceitam o Concílio Vaticano II. Devemos manter-nos unidos ao Santo Padre, o Papa.
Não adianta me citar os argumentos de que Bento XVI tirou as excomunhões dos Bispos de Dom Lefebvre, pois está dito:
“Para um futuro reconhecimento da Fraternidade São Pio X é condição indispensável o pleno reconhecimento do Concílio Vaticano II e do Magistério dos Papas João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II e do próprio Bento XVI. (Nota da Secretaria de Estado da Santa Sé em 04 de Fevereiro de 2009,grifos meus).
Agora veja: não sei se você sabe, mas é uma estratégia muito desonesta impugnar sem nenhuma razão plausível o argumento do adversário antes de ele usá-lo. Por que não se pode usar o levantamento das excomunhões como argumento? Só porque a Secretaria de Estado, órgão meramente político do Vaticano, disse que a FSSPX tem que aceitar o concílio??? Pois é justamente o levantamento das excomunhões que eu uso como argumento! E não só ele, mas a abertura do diálogo entre o Papa e a Fraternidade. Ora, quem for um pouco honesto reconhecerá aí uma diferença entre estes fatos e a declaração da Secretaria de Estado (veja bem!), pelo menos uma diferença de tom.
A Nota da Secretaria de Estado da Santa Sé diz algo muito interessante. Quem me dera se os tradicionalistas anti-Vaticano II e Rito Ordinário da Santa Missa, lessem o que a Santa Sé diz corretamente, e sem distorções.
Pois bem, o Concílio Vaticano II é Magistério da Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Mesmo que não seja Magistério Extraordinário, é Magistério da Igreja. E como diz o Catecismo de São Pio X, a Igreja não erra. Pois bem, então, aceite o Concílio e torne-se católico.
Pois bem: eis aí nossa leitura sem distorções do que diz a Santa Sé. Não precisamos a fazer nada mais do que fazemos para nos tornarmos católicos. Pois está escrito no Catecsimo de São Pio X, que você mesmo citou, que para ser católico basta ser batizado, professar a doutrina cristã e obedecer aos legítimos pastores. Portanto, somos católicos, embora – ou até por isso mesmo! – nossa fidelidade à doutrina de sempre nos leve a fazer críticas ao magistério moderno.

Pax et Salutis
Captare

6 comentários:

Prof. Francisco Castro disse...

Captare,
Me ajude. Estou consciente da crise que vive a Igreja, algo que percebi em 1982 em plena auge da Teologia da Libertação, mas afirmo que nunca a vi tão grave como agora. Atualmente é um mistura só, ou varias vertentes cada um querendo apresentando-se como fiel a Igreja. Como fazer numa situação destas? Aceito a missa Nova se bem celebrada, mas praticamente não a encontro mais. Raro um padre não fazer uma inovaçãozinnha.Tradicionalistas radicais rejeitam ou tudo, ou melhor, aceitam o papa, mas com milhares de ressalvas. Creio que pra alguns ate ler a Bíblia em casa e recitar o oficio divino não é certo. E o que não admito de forma alguma é o Estado ter o direito de impedir uma religião ou perseguir seus membros, mesmo sendo falsa. A Cristo sim, mas no amor e na liberdade.Não suporto as missas swohs, de curas e a indústria Gospel da RCC; na verdade catolicismo protestantizado. E o que eu sou afinal nesta situação todo? O que vem a ser um neo-Concervador, pra ver se me enquadro pelo menos nessa vertente. Obrigado. Se não achar prudente publicar responde no e-mail: frandyar@hotmail.com

Captare disse...

Caríssimo Prof. (Não sabia que era professor!) Francisco, Laudetur Dominus!

O senhor percebeu a crise da Igreja antes mesmo de eu nascer! O senhor me pede ajuda, mas nestas circunstâncias talvez seria eu que teria muito a ouvir do senhor sobre aqueles tempos... :)

Apontei levemente este problema de haver hoje na Igreja "varias vertentes cada um querendo apresentando-se como fiel a Igreja" neste artigo do meu site.

"Como fazer numa situação destas?" Acontece que, como eu apontei lá, o principal problema não é a existência de várias correntes se apresentando como verdadeiramente fiéis à Igreja, mas a falta de uma articulação ordenada entre elas. É claro que não tem como a verdade conviver com o erro, e as correntes que propagassem erros teriam que eventualmente serem corrigidas ou excluídas da articulação. Mas isto só é possível quando há uma consciência clara desta articulação por parte dos envolvidos.

Pelos apontamentos que o senhor me deu, o senhor se encaixaria melhor como neo-conservador(ou conservador pura e simplesmente, se o senhor sempre pensou deste modo), pois os tradicionalistas não aceitam a liberdade religiosa. Mas essa diferenciação não é muuutio precisa não: há neo conservadores mais flexíveis, há tradicionalistas mais rígidos e há aqueles com elementos das duas correntes.

Eu aconselharia ao senhor não se preocupar muito com a qual corrente o senhor pertence, pois é uma divisão que só é útil dentro deste contexto de articulação, mencionado anteriormente. Se o senhor se interessou por essa idéia, ou tem dúvidas sobre ela o senhor pode me procurar no meu e-mail pessoal: captare8@gmail.com, ou pode deixar apontado aqui nos comentários que eu irei procurá-lo no seu e-mail e lá nós conversamos melhor.

Pax et Salutis

Anônimo disse...

Caro amigo,

Sou membro da Renovação Carismatica Católica ,gostaria de me interar nesses assuntos para me informar melhor,creio na simplicidade de Nosso Senhor, gostaria da indicação de artigos e livros para entender melhor esse tempo de crise de fé em nossa amada igreja, Una Santa e Católica, o que é certo, o que é errado ao ponto de vista máximo da igreja?
Pois encontro em tudo grande duvida e desconforto, pois vejo que ha uma discussão que ninguem parece certo ou errado, o que acontece ? Quais foram os bens para a igreja do Concilio Vaticano II ao ponto de vista dos irmãos Digitus Dei ?

que Deus abençoe a todos, email:fernandodisbel@hotmail.com

Captare disse...

Prezado Anônimo, Laudetur Dominus!

Sua dúvida e seu desconforto são os mesmos de todos os católicos sinceros que olham para a situação atual da Santa Madre Igreja. É desconfortável olhar pra toda essa confusão e toda essa maremoto de acusãoções vindas de todos os lados e indo para todos os lados. E isto acontece porque há muito apego emocional de todos os lados que participam da discussão. Emoções, neste caso específico, só atrapalham. Então o começo da solução não está exatamente em nenhum livro: começa com você deixando de levar a sério os seus sentimentos, ou os de quem quer que seja. Isso mesmo: esqueça seus sentimentos! Esqueça todos os sentimentos! Eles só atrapalham...

Depois que você se certificar que não vai ser enganado por seus próprios sentimentos, o primeiro e mais importante livro que você vai ler sobre o assunto é o Catecismo de São Pio X, pois lá você encontra toda a Doutrina Cristã com explicações bem simples, bem claras e sem "papas na língua", sem nenhuma preocupação se a explicação ofende A ou B. Durante algum tempo, alguns meses se for possível, você só vai se ocupar deste livro.

Aí, sim, depois que a Doutrina Cristã estiver bem clara e sintetizada aos seus olhos, é a partir dela que você vai julgar todo o resto. Aí você pode passar para os livros. Você tem que ter em mente que a discussão sobre o Concílio é muito desigual: os que são a favor do Concílio têm muito mais espaço, tem toda uma estrutura para divulgá-los e toda uma ideologia que encobre o que se oponha a eles. Assim, qualquer livro de teologia escrito após o CVII servirá para você conhecer o ponto de vista dos que são a favor do Concílio, por isso não vou citar nenhum. O manual de liturgia que eu tou usando na minha faculdade por exemplo, é um primor de radicalismo pró-Vaticano II.

Quanto aos livros anti-Vaticano II eles são poucos, mas são bem conhecidos por aqueles que já estão no debate há algum tempo. Você pode ler o Reno se lança no Tibre e você vai ter um excelente resumo. Você pode ler Carta a um padre, do professor Fedeli e você vai ter um bom complemento. Se você estiver afim de se aprofundar bem na questão, pode tentar conseguir A candeia debaixo do alqueire vendida pela Sétimo Selo. Se tiver facilidade em ler inglês pode ler o The Devil's Final Battle. Sobre a liturgia, que é um dos principais opontos de debate sobre o Concílio, qualquer livro do Monsenhor Klaus Gamber vai te ajudar.

Ao adquirir seus livros leia-os com atenção e fique fora do debate e evite tomar qualquer posição por um tempo. Novamente, recomendo alguns meses apenas tentando se localizar na polêmica, e conhecendo os problemas, comas causas apontadas e as soluções propostas por ambos os lados. Se você seguir este roteiro com disciplina, muito das suas dúvidas e confusões vão desaparecendo. Você vai até mesmo resolver sozinho algumas destas controvérsias que parecem inconciliáveis à primeira vista. Mas para isso você tem que ter paciência, estudar com atenção e lembrar-se: nada de sentiomentos envolvidos. Se quiser, eu te ajudo nesse itinerário. Basta responder a ester comentário que eu vou procurá-lo no seu e-mail.

Quanto aos frutos positivos do CVII, penso que, resumidamente, eles são: 1) A abertura do estudo superior de teologia aos leigos; 2) O incentivo ao estudo da Bíblia; 3) a abertura a novas perspectivas e abordagens para a teologia, embora no Concílio em si estas abordagens atrapalharam muito, e não trouxeram nada de bom; 4) o incremento do chamado à santidade, mesmo que alguns críticos hoje digam com certa razão que este incremento causou uma certa banalização da idéia de santidade.

Espero que eu tenha conseguido te ajudar.

Pax et Salutis

Unknown disse...

Paz e Bem. Querido irmao em cristo!
Lanso, um argumento para extrair uma saudavel conversa.As constituicoes dogmaticas e pastorais do c.v.II que confirmam os outros concilios e nao os omite; que da continuidade que expressa uma obra forte do Espirito Santo para os tempos atuais, sao partes esenciais da Sam Doutrina Catolica, negalas seria o mesmo que negar nossa fe.Em meio a tantas correntes teologicas baseadas em Sao Tomas de Aquino,ou nos liberalistas modernos e revolucionarios, ate mesmo aqueles que tem a ideia de voltarmos as origens das comunidades da era patristica, nao seria o caso das pessoas conhecerem os documentos conciliares para terem uma verdadera orientacao do pensamento da Igreja? Pois e logico que ninguem ama o que nao se conhece desde a raiz.

Captare disse...

Prezado (a) Fraternidad de Alianza, Laudetur Dominus!

Não podemos afirmar que o Concílio Vaticano II deu continuidade a nenhuma "obra forte do Espírito Santo para os tempos atuais"[sic]. Primeiro, porque a obra do Espírito Santo para os tempos atuais é exatamente a mesma obra realizada ao longo da história. Não se pode falar numa continuidade se se considera os tempos atuais uma coisa tão diferente dos outros tempos. Segundo, isso de dizer que o Vaticano II é obra do Espírito Santo, é mais propaganda, mais wishfull thinking do que realidade. A própria polêmica em torno dele já é um sinal de que considerá-lo obra do Espírito Santo é arriscado. Além do mais, como está indicado no artigo, não basta os bispos estarem reunidos para se ter um Magistério autêntico, aquele que podemos ter confiança de que foi assistido pelo Espírito Santo. Se fosse assim, os bispos poderiam se reunir para um chá e a transcrição do que eles conversassem nessa reunião muito animada poderia ser considerada "obra do Espírito Santo".

Você tem toda razão ao dizer que, aqueles que querem entender toda essa questão do CVII têm que conhecer seus documentos. Mas como eu disse na resposta ao anônimo, não basta ler os documentos, pois eles não são somente confirmação do Magistério anterior: há muita coisa nova lá. Até mesmo algumas coisas que parecem apenas confirmação do Magistério anterior não são, pois são pensadas à luz de teologias recentes. Então, além dos documentos do Concílio, é necessário saber mais coisa. A primeira coisa e mais necessária, é a própria Doutrina Católica, que está resumida de modo excelente no Catecismo de São Pio X. Ficar alguns meses estudando só ele não faria mal a ninguém. Depois, a minha sugestão é ler os teólogos "pop stars" do século XX, como Rhaner, Chardin, Balthazar e outros, para entender as origens e os significados de muitos conceitos introduzidos nos documentos do Concílio. Cuidado com eles!!! Não é para se afeiçoar a eles, é apenas para entender.

E para se entender as objeções contra todas esses novos conceitos, o Pe. Álvaro Calderón e o seu "A Candeia Debaixo do Alqueire" continua sendo a melhor pedida.

Pax et Salutis

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