Caros amigos, venho falar aqui sobre um assunto que muito nos é útil, não que os demais não o sejam, mas é que este é muito necessário, e precisamos deste conhecimento para a cada momento estarmos utilizando-o a fim de que não saiamos da graça de Deus.
É o pecado, o qual devemos estar sempre alertas para que não nos domine, para que não nos afaste do Senhor, bem e perfeição absolutos.
Pois bem, nesta primeira parte trataremos de entender os tipos de pecado, ou seja, nem todos pecados são a mesma coisa, nem todos possuem a mesma gravidade, nem a mesma natureza e nem os mesmos danos.
Quando se classifica os pecados, leva-se em conta as suas circunstâncias e abrangências, ou seja, leva-se em conta a vontade, a consciência e a matéria. Dividem-se então os pecados em dois tipos, os veniais e os mortais.
Pecados Veniais: Como vimos, os pecados são classificados segundo a vontade, a consciência e a matéria, então, para que um pecado seja venial (ou leve) ele deve não possuir um dos três seguintes requisitos: Vontade plena do pecador, consciência por parte do pecador de que se trata de um ato pecaminoso e matéria grave.
Mas oque é matéria? e ainda por cima grave! existe por certo uma leve?
A matéria consiste no objeto de pecado, como por exemplo em um roubo, o objeto roubado é a matéria deste pecado. Então utilizando o mesmo exemplo: Se você roubar uma bala de um amigo que comprou um saco de balas, esta bala é matéria leve. Mas, se você roubar o saco inteiro que ele acabou de comprar, então consiste em matéria grave.
Outro ponto à destacar, é que, devido à sua própria natureza não incluir às vezes a consciência de pecado, o pecado venial em muitas vezes não é percebido, logo, não é confessado. Apesar de não precisar ser confessado, é preciso que se confesse ele quando se percebe, para que não pequemos por conivência com nossos pecados, ainda que veniais.
Acontece meus amigos, que apesar de não ser percebido e não confessado muitas vezes, este pecado pode ser remido simplesmente com obras de caridade. Mas, como não possuímos um "marcador de pecados veniais", não sabemos se nos redimimos deles ou não, então, é comum que se morra com pecados veniais sem se saber.
Mas então oque acontece? Somo condenados? Ou entramos no Céu com pecado?
Acontece que não podemos entrar no Céu com pecado, ao mesmo passo que não podemos ser condenados por causa de pecados veniais.
Então se gera um problema, pois não se pode subir ao Céu e nem descer ao Inferno (não que alguém queira este último, é óbvio).
Entra então a questão do Purgatório, onde lá passamos por certos 'sofrimentos', onde necessitamos que orem por nós, para que então possamos nos redimir destes pecados e entrar no Céu. Devo lembrar que, todos que vão para o Purgatório já estão salvos, pois é somente uma questão de purificarem-se para poderem entrar no Reino dos Céus.
Pecados Mortais: Como citei anteriormente, os pecados são classificados segundo a vontade, a consciência e a matéria, então, ao contrário dos veniais, os pecados mortais tem como necessidade a existência destes três ítens. Caso contrário, descaracteriza o pecado mortal.
Logo, para que haja pecado mortal, o pecador deve ter plena vontade sobre determinada ação, ter consciência de que aquilo é pecado e deve haver a matéria grave, logo, junto da vontade vem a execução de tal ato.
Uma das grandes diferenças do pecado mortal para o venial, é que este primeiro tem por necessidade para sua remissão, a penitência, ou seja, o Sacramento da Cofissão, no qual o pecador profundamente arrependido de seus pecados vai até um sacerdote (ou este vem até ele se a circunstância exigir) e confessa seus pecados à ele que, por sua vez, o absolve em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
"Aqueles a quem perdoardes os pecados, lhe serão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos" (Jo 20,22-23)
Um ponto interessante a ser ressaltado do pecado mortal é que, este nos tira o estado de graça, onde estamos de acordo com a santíssima vontade do Pai.
Porém, após a confissão retornamos à este estado. Mas há uma excessão, pois, é possível antes mesmo da confissão retonarmos ao estado de graça, este ato chama-se ato de contrição perfeito, e ele se dá quando o arrendimento se dá mais pela tristeza de se ter ofendido o Senhor do que pelo medo do castigo eterno. Enquanto que o ato de contrição imperfeito cosiste em quando o arrependimento provém mais do medo do castigo eterno do que da tristeza por ter ofendido à Deus, nosso Pai e Criador.
Cabe lembrar, que o ato de contrição perfeito, apesar de nos levar de volta ao estado de graça, não tira a suma necessidade de confissão para comungar o Corpo e Sangue de Nosso Senhor.
Creio que tenha ficado bem claro neste artigo as diferenças entre pecados veniais e mortais, além de suas respectivas características.
Então, observemos para que não caiamos nas tentações, para que não pequemos!
"Orai e Vigiai"
Sancta Mariae, ora pro nobis!
Marcelo Maciel.
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