Quae est ista quae ascendit de deserto, deliciis affluens, innixa super Dilectum suum? Quem é esta que sobe do deserto cheia de delícias e apoiada em seu Amado?

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Inquisição: Santa ou Pecadora?


Caros leitores, hoje como meu primeiro post no Digitus Dei tratarei de um tema um tanto quanto 'polêmico', a Santa Inquisição.

Praticamente todas as vezes em que se entra na discussão sobre religião, sempre tem aquele que vem dizendo: 'sua Igreja matou pessoas em nome de Deus! Cristo mandou amarmos uns aos outros! Você são do demônio!'... e por aí a fora... mas e você que é católico, o que realmente pensa sobre o Tribunal do Santo ofício?

Hoje em dia aprendemos tanto na escola, como na internet, nos jornais ou mesmo na televisão que a Inquisição foi um equívoco por parte de Igreja, aprendemos que ela foi um lamentável episódio na história da "sombria" Idade Média.
Mas será a Inquisição algo tão perverso? Algo diabólico?
E em meio a isso tudo, o que mais me impressiona é que com uma pesquisa bem feita nós podemos descobrir quem é realmente o vilão desta história, e acreditem, não é a Igreja!

O verdadeiro objetivo da Inquisição era prender hereges, estes que não eram hereges porque pecavam, mas eram porque amavam o pecado e ensinavam esse perverso amor aos seus próximos! Eram missionários do demônio.
Segundo o pensamento de Santo Agostinho, se um homem está conformado com o pecado, não deseja mais sair dele e não faz outra coisa a não ser pecar, ou seja, se ele ama o pecado, é melhor para este homem que morra o mais cedo possível, pois sofrerá menos no inferno por ter ido com menos pecados. E o quanto mais viver nesta condição, mais sofrerá na eternidade.
Mas nessa parte que entra uma grande calúnia, muitos historiadores dizem que a Igreja simplesmente os prendia, os torturava e os matava em seguida. Isso é mentira!
A Igreja era a única que somente permitia que a pessoa fosse torturada uma única vez na vida e com assistência médica, também a qualquer altura do processo inquisitorial era possível o arrependimento e a libertação, se ainda não bastasse, a Igreja era a única que não aceitava de modo algum uma confissão feita sob tortura!

Só pra você ter uma idéia, a Inquisição durou cerca de 360 anos, e no site 'recanto das letras' do provedor Uol eu li uma matéria onde diz que ela matou 9 milhões! Imagine, as megalópoles medievais possuiam cerca de 300 mil habitantes, se a Inquisição tivessa matado tanto, seria na média de 24 mil pessoas por ano, em pouco mais de um século teria esvaziado toda a Europa! Logo vemos se isso é uma tremenda mentira!
Só a nível de conhecimento, Toulouse foi o local mais povoado de hereges da Idade Média e, em 100 anos foram executadas 42 sentenças lá. Se essa fosse a média de toda a Europa, em 369 anos seriam cerca de 155 sentenças, por sinal muito longe de 9 milhões! E olha que isso foi uma estimativa baseada na região de maior incidência, portanto os números reais são ainda menores.
Neste site da Uol ainda afirmaram que as 'vítimas' eram assoladas com torturas até confessarem sua culpa, ora , isso já foi desmentido, afinal não teria sentido nenhum a Igreja torturar para obter uma confissão mentirosa!

Portanto meus amigos, a Santa Inquisição foi sim correta! Não houve de modo algum exagero e muitos menos crimes contra Deus!
Pois segundo o próprio Cristo, ele não veio trazer a paz, mas veio trazer a espada!

Sancta Mariae ora pro nobis!
Marcelo Maciel.

9 comentários:

Captare disse...

Prezado Marcelo, Laudetur Dominus!

Esta exposição toca pontos importantes. Estes dados comparativos servem muito bem para denunciar as loucuras espalhadas por aí em forma de "lendas urbanas".

Antes de tirar conclusões sobre a Inquisição, as pessoas deveriam ler bons livros de História da Igreja. Ou pelo menos o livro do Prof. Gonzaga Bernardino, "A Inquisição em seu Mundo".

Vale lembrar também que:
- A tortura era uma prática aceita como legítima em praticamente todos os lugares na Idade Média, inclusive muito antes dela. O que a Igreja fez com a Inquisição foi, na verdade, a primeira tentativa de reduzir este mal: o tempo de tortura foi restringido em meia-hora, não poderia haver derramamento de sangue, só poderia ocorrer uma vez e como está dito na sua postagem, com a assistência de um médico. Além disso, só poderia ser usada para conseguir informações factuais, nunca testemunhos ou confissões.

- Não era a Igreja que executava a pena capital, era o Estado. Acontece que, como os Estados eram cristãos, a heresia não era apenas uma ameaça à organização religiosa, mais à ordem pública como um todo. E o Estado, como responsável por manter a ordem pública, prescrevia pena capital para este delito. Pena capital que, diga-se de passagem, também era algo generalizado naqueles tempos tão distantes do atual pacifismo hipócrita.

Pax et Salutis

Nelson Monteiro disse...

"A Inquisição em seu mundo"
http://www.altarcristao.com/2009/12/inquisicao-em-seu-mundo.html

Anônimo disse...

Lindo isso!!!
Claro, vcs estão certos, a Igreja Católica tinha uma SANTÌSSIMA Inquisição. Que isso, Galileu ter que falar que o heliocentrismo era uma bobeira dele (claro que não com essas palavras). O Giordano Bruno ter que morrer só por defender que o universo era infinito. Ah, me poupe né! Sou um católico, é dificil assumir que as autoridades da igreja erraram? Meus amigos, dizer que as autoridades da Igreja erraram não é dizer que o ES errou! A inquisição é página negra da Igreja e ponto final. Acho que maior pecado será de nossa parte se ficarmos negando a VERDADE, não se esqueçam: EU SOU A VERDADE (JC).
Jackson de Sousa Braga (jackson-kichute@hotmail.com)

Captare disse...

Prezado Jackson, Laudetur Dominus!

Arrogância e ironia são divertidos, pois humilham aqueles que estão afundados em seus erros. Mas só dá certo quando quem a usa sabe do que está falando. Do contrário, corre o risco de parecer ridículo. Principalmente se usa slogans batidos para disfarçar sua ignorância.

O processo de Galileu foi a maior "pizza" da história dos processos investigatórios, planejada pelo próprio papa que era padrinho de Galileu (você sabia disso?) para livrá-lo de um grupo de inquisidores fanáticos, que até tinham certa razão já que Galileu pesquisava muito mais coisas do que inofensivas teorias do ponto geográfico do sol em relação ao universo (e disso, você sabia?).

Giordano Bruno não foi condenado por dizer que o universo era infinito, e sim porque ele fazia parte de uma sociedade secreta (hermetismo). Você sabe o que é o hermetismo? Você sabe a opinião do hermetismo sobre a extensão do universo? Você acha o hermetismo científico?

Não precisa citar palavras de NOSSO SENHOR JC(!) pois somos todos cristão católicos e conhecemos algumas passagens bíblicas mais relevantes. Se foi apenas para nos lembrar do nosso dever de buscar a Verdade eu respondo com uma outra passagem do SENHOR JC(!): "Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu?"(Mt 7, 3)

Você é católico? Então por que dá mais crédito à propaganda anti-católica do que à defesa da Inquisição feita por estudiosos católicos?

Pax et Salutis

Anônimo disse...

Até o Papa João Paulo II pediu desculpa pela inquisição.Admitiu o erro! Ou seja o Papas não são a voz Deus. Pois eles entram em contradição.

Tem que estudar mais Marcelo.

Nelson Monteiro disse...

Vamos direto ao ponto, sr. Jackson, deixe de lado suas ironias bestas.
Ninguém aqui supos que a criação do Tribunal Inquisitório foi um feito, qual detinha-se infabilidade. Trouxemos argumentos para mostrar que a Inquisição não foi má, muito pelo contrário, a Justiça é um bem.
O sr. diz que a Inquisição é parte negra da história Igreja por você ter tido influência socialista, atéia e ainda por cima protestante.
Não esqueças que muitos santos foram inquisidores. Com a palavra o falecido D. Estevão Bettencourt:
“É de notar que nenhum dos Santos medievais (nem mesmo S. Francisco de Assis, tido como símbolo da mansidão) levantou a voz contra a Inquisição, embora soubessem protestar contra o que lhes parecia destoante do ideal na lgreja”.
E mais, posso citar alguns exemplos de santos inquisidores, veja:
São Pio V , São Pedro Arbués, São Pedro de Verona, São Luis IX, São Fernando III.
Que a Terra era centro do universo nunca foi dogma católico. Era o que pensavam muitos, mas não todos. Nicolau Copérnico (foi até cônego da Igreja) antes de Galileu tinha essa tese e ele não foi condenado pela Igreja, muito pelo contrário muitos bispos abraçaram o seu ver. Galileu foi julgado pela Igreja em 2 processos: contradizer a doutrina do Concílio Trento sobre a Eucaristia, outro que era contradizer a tradição dos Santos Padres partindo para o livre exame.
Que a Terra era centro do universo nunca foi dogma católico. Era o que pensavam muitos, mas não todos. Nicolau Copérnico (foi até cônego da Igreja) antes de Galileu tinha essa tese e ele não foi condenado pela Igreja, muito pelo contrário muitos bispos abraçaram o seu ver. Galileu foi julgado pela Igreja em 2 processos: contradizer a doutrina do Concílio Trento sobre a Eucaristia, outro que era contradizer a tradição dos Santos Padres partindo para o livre exame.
“Quando a Igreja condenava o heliocentrismo em Galileu, portanto, entre outras coisas, condenava-o enquanto portador de uma doutrina copernicana gnóstica e não enquanto científica.
Galileu influenciado por um misticismo copernicano não é deslocado do contexto histórico em que vivia. A influência do hermetismo, da magia e de um certo misticismo proveniente de um mundo imagético, em todos os grandes figurões da revolução científica, é inegável. A idéia difundida pelo iluminismo e pelo positivismo de uma marcha apoteótica do saber científico atravessando as trevas da magia já está ultrapassada. ‘’ (Orlando Fedeli)
Giordano Bruno, foi um farsante que negava a Divindade de Cristo, enquanto afirmava divindade do mundo. Explica bem seu caso, Eliade:
"O fato de Giordano Bruno ter recebido entusiasticamente as descobertas de Copérnico não se deveu em primeiro lugar à sua importância científica e filosófica, mas ao fato de ter ele compreendido o profundo significado religioso e mágico do heliocentrismo. Enquanto estava na Inglaterra, Bruno profetizou a volta iminente da religião oculta dos antigos egípcios, conforme expressa em Asclepios, um texto hermético famoso. Bruno se sentia superior a Copérnico, porque, enquanto o último via sua teoria exclusivamente do ponto de vista matemático, o primeiro podia interpretar o diagrama celestial de Copérnico como um hieróglifo dos mistérios divinos”.8
Você diz: "A inquisição é página negra da Igreja e ponto final." você acha que isso é argumento? Isso só demonstra falta de argumento.
Ao outro anônimo (que não sei se é ainda o sr. Jackson):
O Papa João Paulo II não pediu perdão pela Inquisição e sim pelos excessos que homens dentro da Igreja fizeram nela. O perdão estava apenas relacionado aos membros da Igreja que pecaram. Nenhum Tribunal, por mais que queira pode ser livre de errar (a não ser o Tribunal de Deus).
O Papa é sempre infalível apenas quando fala em ex cathedra.
Creio que é o sr. que deves estudar mais...

"Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão." [ Papa João Paulo II ]

Unknown disse...

considerando que os judeus nao aceitam cristo, o holocausto seria legítimo ?segundo a lei de Deus nao devemos matar ,agora vamos seguir ao que dizem os homens? Santo agostinho.......nao mataram Jesus numa inquisicao religiosa da igreja de Deus daquela epoca ? vamos ler mais a Biblia e ser mais fies a Deus do que defender as falhas da IGREJA.

Nelson Monteiro disse...

George Sokolsky, editor judeu de Nova York, escreveu:
"A tarefa da Inquisição não era perseguir judeus, mas limpar a Igreja de todo traço de heresia ou qualquer coisa não ortodoxa. A Inquisição não estava preocupada com os infiéis fora da Santa Igreja, mas com aqueles heréticos que estavam dentro dela (Nova York, 1935, pg. 53).

Captare disse...

Prezado Flaviano, Laudetur Dominus!

Além do que o Nelson disse acima, é bom considerarmos mais algumas coisas:

É engraçado que alguém que entra aqui falando para lermos mais a Bíblia cite Santo Agostinho, qua não escreveu nada na Bíblia. Apesar de que nem dá pra saber se Santo agostinho disse isso mesmo, pois você não cita a fonte.

O Senhor foi morto numa inquisição religiosa. Isto prova que as inquisições não são infalíveis, e não que sejam necessariamente falhas. Já a Igreja essa não pode falhar nunca pois o Cristo é sua cabeça! Isto está lá na Bíblia em Col I: 13-18.

Você diz para lermos mais a Bíblia. Será que é para lermos a passagem de Num XXV: 1-9, onde Deus manda enforcar todos os israelitas que se desviaram da religião? Ou será que é a passagem de Jos VI: 16-21, em que os israelitas entram em Jericó passando todos os habitantes a fio de espada? Ou será que é para lermos At V: 1-10, em que um casal é morto por mentir para os Apóstolos?

Você não sabe nada de Inquisição e nem da Bíblia que você nos manda ler. Por isso, pare de tagarelar e estude bons livros sobre a Inquisição, como o "A inquisição em seu mundo" indicado acima, e passe a ler a Bíblia sob a orientação da Igreja Católica, pois como está escrito em II Pe I: 20 - Sabe que eu gostei dessa sua dica de ler mais a Bíblia? - nada na Bíblia é de interpretação particular.

Pax et Salutis

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